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Fávaro recebe pecuaristas para discutir atuação da JBS em Mato Grosso

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Nesta quarta-feira, às 17h, o vice-governador Carlos Fávaro, receberá, em seu gabinete, no Palácio Paiaguás, um grupo de pecuaristas para discutir questões relacionadas ao setor. Entre os principais assuntos estão os problemas enfrentados pelos produtores na comercialização dos animais junto à empresa JBS, detentora da maior parte das plantas frigoríficas do estado, e a insegurança do mercado diante da crise gerada pela empresa no Brasil.

Hoje, Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do país e é o estado onde a JBS tem a maior atuação (metade dos frigoríficos do Estado pertence ao grupo). De acordo com a coluna Radar Online, do jornalista Maurício Lima, da Veja, participarão da reunião médios e pequenos pecuaristas, incomodados com a hegemonia da JBS em Mato Grosso. A ideia, segundo ele, é discutir “formas de barrar essa concentração”.

No início da semana passada, veio à tona a informação de que os pecuaristas mato-grossenses estavam pedindo antecipação dos pagamentos a prazo, temerosos pela saúde financeira da JBS, envolvida em uma série de escândalos de corrupção. Já na última quarta-feira, a empresa informou a seus fornecedores a suspensão da compra de novos lotes à vista, obrigando os produtores a solicitarem antecipação do recebimento junto ao Banco Original (pertencente à Holding J&F, dona da JBS), mediante a cobrança da Nota Promissória Rural (NPR), no valor de 3,1% ao mês.

Embora as pastagens ainda permitam a manutenção do gado na fazenda com custo menor, muitos produtores já operavam no vermelho desde a operação Carne Fraca, em abril. O preço do boi gordo chegou a recuar mais de 10%, recuperando parte das perdas de lá para cá, mas ainda abaixo do praticado no início do ano.

O problema é que além dos preços defasados do boi gordo, a recente volta da cobrança do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural), e o desconto do NPR [caso queiram evitar o risco de receber no prazo], o setor se depara com a falta de opção de venda. Em Mato Grosso, ao menos quatro regiões são dependentes das operações da JBS.

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