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O vice-governador e secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Favaro, participou em Cali, na Colômbia, no Centro Integral de Agricultura Tropical, da conferência 20 x 20 onde foram tratadas propostas governamentais e da iniciativa privada para fortalecer o aumento da produção de alimentos e com maior proteção ambiental em diversos países. Até agora, já foram levantados mais de US$ 730 milhões para estas metas, por meio 13 parceiros institucionais que estão motivados para lidar com múltiplas agendas de restauração regional. Ministros da Argentina, Peru, Nicarágua, Colômbia e representantes de outros países participaram.
“Apresentamos as metas ousadas que Mato Grosso estabeleceu quando o governador Pedro Taques estabeleceu, na COP 21, em 2015, que visa zerar o desmatamento ilegal até 2020 e as estretégias que estamos colocando em prática”, disse Favaro. Ele também detalhou o PCI – Produzir, Conservar e Integrar – “que é plataforma transversal que leva oportunidade para que Mato Grosso se torne cada vez mais referência, um gigante na produção de alimentos e que se conserve como um gigante na preservação, mantendo os 62% de floresta completamente nativa” e com foco “nos assentamentos rurais que ainda carecem de mão amiga do Estado”. Ele acrescentou que o governo vem fazendo seu dever de casa ao reduzir nos últimos 10 anos 80% do desmatamento na Amazônia, dos quais 19% (dados preliminares) entre 2015 e 2016. A média de desmatamento que era de 5.714 km², entre 2001 e 2010, caiu para 1.290 km² no ano passado, com variações que compreendem: 1.120 km² (2011), 757 km² (2012), 1.139 km² (2013), 1.075 km² (2014) e 1.601 km² (2015).
Carlos Favaro também expôs os avanços da SEMA com novo modelo do CAR- Cadastro Ambiental Rural- “que permite diagnóstico muito forte e rápido de dados sobre as propriedades rurais. Esperamos ainda no mês de março mais de 20 mil cadastros consolidados que podem permitir duas estratégias: diagnosticar os passivos que existem nestas propriedades e buscar parceiros, como ONGs e fundos internacionais, que possam financiar a recuperação destes passivos. E, por outro, lado, identificar os ativos que existem em Mato Grosso e são imensos, que possa através do programa REDD, pagar pelos serviços ambientais aos produtores que decidirem, mesmo tendo direito de desmatar, preservar sua área completamente nativa. São iniciativas como esta que viemos aqui (Colômbia) buscar parceiros para o bom desenvolvimento sustentável de Mato Grosso”.
O CIAT – Centro Integral de Agricultura Tropical- onde houve os debates está completando 50 anos e foi parceiro da agricultura brasileira. Na década de 60, forneceu para a Embrapa o banco de germoplasma das braquiárias para que a empresa brasileira pudesse pesquisar as variedades mais adaptadas para a pecuária no Brasil.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias