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Diante dos desdobramentos da Operação Carne Fraca, deflagrada na sexta-feira (17) pela Polícia Federal, o vice-governador Carlos Fávaro, representante do setor produtivo rural do Estado, saiu em defesa da atuação da Vigilância Sanitária do país e ressaltou que Mato Grosso vem fazendo um grande trabalho na valorização da carne bovina e suína.
“Estamos muito atentos às questões que envolvem a defesa sanitária. Mato Grosso foi o primeiro Estado brasileiro a ter um instituto para promover a carne bovina. Em 2016, criamos o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), que exerce um controle rigoroso e desenvolve pesquisas e tecnologias para padronização de carcaças e melhoria na qualidade da carne. Até então, somente cinco países possuíam institutos nacionais com essa finalidade. O Brasil somente tem esse Instituto porque nosso estado o criou”.
Segundo Fávaro, além do Imac, o governo adotou uma política de fortalecimento do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) e obteve grandes avanços no mercado da carne. “Além de diversas parcerias com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o estado foi declarado livre da peste suína clássica, abrindo mercado para os suínos. Também fizemos a renovação da Lei 10.486, em dezembro de 2016, que dispõe sobre a defesa sanitária animal e que há 17 anos não era atualizada”, lembra o vice-governador.
Para ele, o Brasil é um exemplo no que se refere à Vigilância Sanitária. “Já são 102 anos de atuação que não podem ser desconsiderados e jogados em “vala comum” por conta de atos de corrupção praticados por 33 servidores públicos e 21 plantas frigoríficas, de um total de mais de quatro mil em todo o país. Os crimes devem ser investigados e os culpados responsabilizados. A carne brasileira é forte, tem qualidade e isso está comprovado”, ressalta.
Além de Mato Grosso ser o maior produtor de rebanho bovino, com 30,2 milhões de cabeças, é o segundo maior exportador do país, com participação de 20,7% do total nacional. Segundos dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea-MT), em 2016, 80 países compram a carne produzida no estado e, somente em 2016, foram exportados cerca de 300 mil toneladas do produto. “Nenhum frigorífico de Mato Grosso foi envolvido nas investigações. Continuaremos atuantes para que o nosso estado sofra o menos possível com as consequências dessa operação”, enfatiza Fávaro.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: assessoria/arquivo)