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Exportações e abate de bovinos crescem em Mato Grosso

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As exportações de carne bovina movimentaram US$ 92,542 milhões no 1º mês de 2018, receita 14% superior à de janeiro do ano passado, de US$ 80,732 milhões. Se comparar este ano com janeiro de 2016, quando a receita foi de US$ 56,283 milhões, o aumento é de 64%. O número de abates pelas indústrias do Estado também subiu, passando de 427,4 mil animais em janeiro de 2017 para 451,4 mil em janeiro deste ano.

Estes números, de acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), indicam um possível ano de crescimento para o setor. Em 2017, Mato Grosso teve altos e baixos no mercado pecuário, com queda no preço da arroba nos meses de março e maio. Porém, com a forte recuperação de mercados e crescimento nos abates, conseguiu reagir no 2º semestre.

O diretor-executivo da Acrimat, Luciano Vacari, explica que o setor está cada vez mais profissionalizado e com isso, apesar de situações adversas, a recuperação é mais rápida e eficiente. “Hoje a pecuária de corte brasileira possui credibilidade mundial e, apesar das crises enfrentadas ano passado, foi possível comprovar a qualidade da produção e retomar mercados suspensos. Para este ano, nosso desafio é manter os mercados e conseguir agregar valor à nossa produção para melhorar a renda”.

Os produtores que pretendem confinar animais no 2º semestre, já podem iniciar as compras de insumos. De acordo com a pesquisadora Mariane Crespoline, entre fevereiro e meio, a soja apresenta o menor preço devido ao período de colheita e por isso antecipar a aquisição do complemento alimentar pode render maior margem de lucro.

“Historicamente, é entre fevereiro e junho que os preços tendem a ficar abaixo da média. Abril registra o menor índice, sendo 11,7 pontos percentuais abaixo de novembro, quando tende a ocorrer o maior preço. Para quem confina, este é um recado importante. Deixar para comprar o farelo com os animais já confinados pode não ser a melhor estratégia na compra deste insumo”.

Estimativa do Imea de novembro apontou que 71% dos produtores que confinaram em 2017 pretendiam confinar em 2018. Ano passado, Mato Grosso confinou 694,1 mil animais, 12% a mais que 2016.

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