A secretaria de Comércio Exterior do governo federal informou que as exportações de soja em Mato Grosso, em junho, diminuíram 30,24% em relação ao mês anterior, totalizando 2,98 milhões de toneladas escoadas. Somado a isso, avaliando o volume acumulado das exportações do primeiro semestre deste ano, nota-se que foram escoadas 18,94 milhões de toneladas em Mato Grosso, contra 19,14 milhões de toneladas no acumulado de 2020.
Esse resultado foi influenciado por uma maior retração da demanda internacional pelo grão brasileiro nesse período de instabilidade dos mercados de commodities. Por outro lado, mesmo com um menor volume acumulado de exportações, o dólar corrente em elevados patamares nos primeiros meses do ano favoreceu uma maior arrecadação em 2021: 8,17 milhões de dólares, valor 25,29% superior ao acumulado no primeiro semestre de 2020, informa o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agriopecuária).
O instituto também informa que para a safra 2020/21 de Mato Grosso houve aumento de 1,66 ponto percentual, atingindo 89,95% da produção comercializada, no entanto, comparando à safra anterior houve um atraso de 5,83 pontos percentuais, que nessa mesma época registrava 95,78% comercializados.
Além disso o preço médio ficou em R$ 153,75 com redução de 4,88 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Já para a safra 2021/22 foram registrados 34,58% do volume da produção negociada, um atraso de 12,41 pontos percentuais em relação a junho do ano passado, e uma diminuição de 6,31 pontos percentuais no preço médio quando comparado com maio, ficando assim estimado em R$ 137,24/saca.
“Essa desaceleração nas negociações presentes e futuras é justificada pela instabilidade na bolsa de Chicago (EUA) com o recuo nos preços do grão e do dólar corrente, que registrou uma queda de 4,98% no mês de junho, atingindo assim a mínima de R$ 4,91, patamar que não era registrado desde junho de 2020”, conclui.