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Para garantir a fertilidade do solo e segurança na produção, o primeiro passo recomendado pelos técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) é fazer a análise da terra para detectar possíveis problemas nutricionais. O Núcleo de Laboratórios da Empaer realiza, por dia, 50 análises e mais de 15 mil por ano. O responsável químico pelo laboratório de solos e nutrientes, José Alcântara Filgueira, informa aos agricultores familiares que a empresa faz a análise do solo e também as recomendações quanto à aplicação de calcário e adubo.
Ele explica que é feita análise física para verificar a textura do solo e conferir o teor de argila, areia e silte (solo intermediário com argila e areia), e a química avalia a capacidade de produção ou fertilidade do solo. O preço da análise varia de R$ 24 a R$ 56. O produtor retira o resultado em no máximo quatro dias úteis. Caso as amostras sejam do interior do estado, o resultado é enviado via e-mail para o produtor ou escritório da Empaer.
Já em caso de perfuração do solo para construção de tanques de piscicultura, é feita a análise da terra a uma profundidade de até 1,8 metros para verificar se a camada do solo é arenosa ou argilosa. Conforme Filgueira, o teor de argila para segurar a água no tanque tem que ser no mínimo 25%, caso contrário, não é possível fazer a criação de alevinos naquela área. “É importante verificar o solo para criação de peixe e conferir se a atividade poderá ser realizada ou não”, enfatiza.
O Laboratório de Análises de Solos conta com equipamentos para executar também análises de tecido foliar, sal mineral, ração, silagem, sebo, farinha de carne, osso, água, calcário, rocha, e adubo. José Alcântara frisa que para garantir uma alimentação saudável ao rebanho bovino, é muito comum realizar as análises de ração e sal mineral. “O produtor poderá ter em sua propriedade animais sadios e produtivos”, declara.
Para coletar o solo, é importante acompanhar alguns passos: Não retirar o material perto de casas, galpões de adubos, e locais de queimadas; coletar as amostras de maneira uniforme e em zig-zag; e retirar os diferentes tipos de solos. De preferência, segundo o químico responsável pelo laboratório, deve-se procurar um técnico da Empaer ou um profissional para auxiliar a coleta. Uma coleta feita de forma inadequada dará um resultado errado e poderá complicar a aplicação de adubo e calcário no solo.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: assessoria/arquivo)