A Embrapa apresenta, esta tarde, na sede da Famato, em Cuiabá a proposta para validar o zoneamento agrícola de risco climático (Zarc) para consórcio de milho com braquiária. O evento é uma oportunidade para que produtores, representantes de entidades de classe e consultores técnicos contribuam com o Zarc com informações sobre as experiências com o cultivo em cada região do Estado. O zoneamento traça o risco de se produzir determinada cultura em diferentes épocas de plantio em cada região do estado. Ele serve de guia para instituições de crédito e seguro rural para a liberação de financiamento agrícola.
A construção do zoneamento é feita com base em pesquisas e leva em consideração o tipo de solo e o regime pluviométrico da região, além do ciclo da cultura e das cultivares utilizadas.
O pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril (unidade em Sinop) Cornélio Zolin explica que com esses dados são feitas as primeiras simulações de risco. Após isso, é preciso validar com o setor produtivo. “Essa reunião técnica é importante pois é nela que o produtor pode verificar se o resultado da simulação condiz com o que ele observa no campo. Caso haja divergências, ajustes são feitos na modelagem”, explica.
Para essa reunião foram convidados representantes de sindicatos rurais de todas as regiões do estado, alguns produtores rurais, técnicos e representantes de instituições de pesquisa agropecuária. Além da participação presencial, também será possível participar via videoconferência. Assim como foi feito na revisão do zoneamento das culturas da soja, milho, algodão, arroz e feijão-caupi, o zoneamento do consórcio de milho com braquiária conta com três faixas de risco, de 20%, 30% e 40%. Com isso, os agricultores que quiserem, podem plantar fora da faixa ideal, arcando com um risco maior, mas ainda assim sendo contemplados pelas linhas de crédito e de seguro. Para isso, entretanto, os valores cobrados são proporcionais ao aumento do risco de frustração de safra.
Este será o primeiro zoneamento de risco climático para o consórcio de milho com braquiária em Mato Grosso. A técnica é usada tanto por produtores que buscam obter palhada para sistema de plantio direto, quanto para produtores que fazem integração lavoura-pecuária (ILP) ou integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e visam a formação de pastagem.
A previsão é que o ZARC do consórcio de milho com braquiária seja publicado ainda em 2019, para já entrar em vigor para a safra atual.
A informação é da assessoria da Embrapa Agrossilvipastoril