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Desafios do setor são debatidos na Parecis SuperAgro

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A 10ª edição da Parecis SuperAgro foi aberta oficialmente, nesta segunda-feira, com um discurso unanime, entre os representantes do setor econômico e político, de que o segmento do agronegócio atravessa um momento crítico em relação às suas legislações e requer um olhar atento para que possa continuar se desenvolvendo. A feira de agrotecnologia segue até amanhã, no Parque Odenir Ortolan, em Campo Novo do Parecis (a 420 quilômetros de Cuiabá).

O vice-governador e secretário de Estado de Meio Ambiente, Carlos Fávaro, fez a abertura oficial da feira e ressaltou que – mesmo em tempos de crise – é necessário produzir com sustentabilidade e, ao mesmo tempo, avaliar de maneira crítica o que já está sendo feito no setor.

“Qual foi o ano em que nós não tivemos que superar e vencer os desafios que nos foram impostos? Este ano não será diferente. No caso da Operação Carne Fraca, por exemplo, precisamos separar o que é corrupção e não jogar o nosso sistema de controle sanitário, que é eficiente, no lixo. De fato, é preciso competência e coragem para encarar a crise, bem como contar com espaços como este para discutirmos estes temas”, pontuou Fávaro — na ocasião representando o governador de Mato Grosso Pedro Taques.

Pensamento reiterado pelo senador Cidinho Santos (PR), suplente do ministro Blairo Maggi, que enfatizou – inclusive – a ausência deste, que está em São Paulo para uma reunião com representantes da Arábia Saudita para defender a carne brasileira diante dos reflexos da Operação Carne Fraca. “Estamos engajados em prol de resolver esta situação. Trabalhamos para defender o nosso setor. E é importante ressaltar que momentos como este fortalecem a agropecuária”, ressalta Santos.

Durante a solenidade de abertura, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), Nilson Leitão, abordou a questão da necessidade de uma reforma trabalhista voltada ao trabalhador rural. “Foi um erro colocarmos o trabalhador urbano e rural em uma mesma legislação. Isto propiciou, até mesmo, o surgimento do trabalho escravo. Com estas mudanças, o empregador terá maior proteção e ficará tudo de forma clara ao trabalhador”, explica.

Em relação ao licenciamento ambiental, projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, que vem sendo costurado pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, dentro do governo e com os setores interessados, Leitão esclarece que é preciso mecanismos que propiciem celeridade e crescimento econômico. “Não vamos depender de órgãos para que seja licenciado. Uma vez passado pelo licenciamento na instalação da propriedade, não será necessário refazer o processo a cada mudança de cultura”, comenta.

Para a presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Giovana Velke, o setor rural sobrevive por um grande motivo: a nossa tradição. “O que vemos hoje é resultado da dedicação e empenho de nossos pioneiros e seus sucessores. Contudo, nós, produtores rurais, estamos sempre numa montanha russa. Atualmente, medidas políticas e judiciais trazem insegurança jurídica aos nosso setor. O Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), por exemplo, antes era considerado constitucional, agora não é. Estamos quebrados, mas não podemos culpar os produtores rurais – que estão no único setor da economia brasileira que ainda não quebrou para pagarmos a corrupção alheia”, ressalta.

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