A Assembleia Legislativa aprovou ontem, durante sessão ordinária, o relatório final da CPI dos Frigoríficos, por unanimidade dos deputados presentes em Plenário (16 parlamentares). A comissão foi criada para apurar possível formação de cartel pelas empresas de abate bovino em Mato Grosso.
O trabalho de apuração das possíveis irregularidades durou 11 meses e os deputados participaram de 51 oitivas. Nesse período, a CPI realizou 28 reuniões, sendo 21 abertas ao público, cinco internas e duas restritas (sem a presença do público e da imprensa).
De acordo com o presidente da CPI dos Frigoríficos, deputado Ondanir Bortolini – Nininho (PSD), o documento final, que teve como relator o deputado José Domingos Fraga (PSD), foi feito com cautela e, de cunho propositivo, “não teve a intenção de parar ou afugentar investidores de plantas frigoríficas em Mato Grosso”.
“A intenção foi de cobrar o que é direitos dos pecuaristas e dos trabalhadores que foram prejudicados com o fechamento de várias empresas frigoríficas em Mato Grosso. Várias plantas estão reabrindo as portas e outras em fase de adequação para a reabertura como, por exemplo, a de Várzea Grande, do Grupo Pantanal”, explicou Nininho.
Agora, o relatório, em forma de projeto de resolução, será encaminhado aos órgãos competentes, como o governo do estado, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e a Secretaria de Indústria e Comércio. “É preciso que eles tomem conhecimento do trabalho e do que foi detectado nesses 11 meses de investigação da CPI”, disse Nininho.