Armazéns instalados em Mato Grosso permitem estocar 34,539 milhões de toneladas de grãos. A capacidade é assegurada por 1,954 mil armazéns, e segue aquém da necessidade, já que na última safra foram colhidas 61,986 milhões (t) de oleaginosas e leguminosas. Os dados, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indicam déficit de 27,447 milhões (t).
Considerada a margem de segurança da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a capacidade armazenadora deveria ser 20% superior à produção total. Sendo assim, os armazéns deveriam suprir produção equivalente a 68,184 milhões (t). Nesse sentido, o déficit de armazenagem em Mato Grosso é de 33,645 milhões (t).
Presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan, lembra que a falta de espaço nos armazéns é um problema que se repete quase todo ano e que os produtores esperam ajustes nas condições de financiamentos para ampliação da armazenagem para o próximo Plano Agrícola e Pecuário (PAP).
Além de juros menores, a expectativa é permitir a contratação de recursos para investimento em armazéns por meio de consórcios ou associações de produtores. De olho nesse gargalo, chega a Mato Grosso no próximo mês um novo modelo de negócios, lançado pela empresa Agromexport Bras. O sistema +Safra consiste em unidades modulares de armazéns que permitem suprir a necessidade de estocagem a partir de 100 mil sacas.
O sistema oferece solução completa e inclui balança rodoviária, laboratório para medição de umidade e impurezas, equipamentos de limpeza e para secagem, transportadores e armazenagem, explica o presidente da Agromexport, Luiz Trevisani. “O arrendamento será pago com parte do que o produtor deixa de perder e ainda vai ficar com a unidade ao fim do contrato. Assim ganha uma unidade na fazenda sem investir, sem ter o trabalho de implantar e ficando com mais dinheiro a cada ano”.