Mato Grosso dobrou a área destinada à produção de girassol, na última safra. Segundo consta no boletim de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área estadual chegou a 60,5 mil hectares em 2017/18, “praticamente o dobro da registrada no ciclo passado, que foi de 31,8 mil hectares”.
Para a Conab, o aspecto comercial “explica o incremento, com os bons preços atribuídos à oleaginosa em relação às demais culturas de segunda safra, em especial ao milho, no momento da opção pela cultura”. A companhia ainda justifica que a cultura tem “preço atrativo” e estima que 98% da produção mato-grossense já estejam negociados.
A colheita do girassol em Mato Grosso terminou em julho. Conforme o levantamento da Conab, o resultado da cultura foi bastante positivo, “como reflexo do plantio na janela ideal, do manejo bem-feito, e do maior grau de informação, tecnologia e de qualidade da semente”.
Apesar de alguns períodos com chuvas acima do ideal para a cultura, que é bastante sensível à umidade, bem como ocorrência pontual de danos decorrentes de ataques de lesmas, a produvitidade média foi de 1.685 quilos por hectare, 0,9% superior à marca registrada no ciclo passado, de 1.670 kg/ha.
Em Mato Grosso, a principal região produtora é a Chapada do Parecis, onde se encontram as indústrias que processam o girassol, porém, a Conab registrou a opção pela cultura em algumas áreas do Médio-Norte.
No total, o Estado produziu, na última safra, 142 mil toneladas de girassol, 37% a mais que na safra anterior, quando foram produzidas 103 mil toneladas.