O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou a terceira estimativa de safra 2016/17 do algodão no Estado. O relatório traz a consolidação da área destinada à fibra e novas perspectivas quanto a produtividade esperada pelos produtores.
A nova estimativa prevê um incremento de 3,1% na produtividade, ante ao último levantamento divulgado, agora estimada em 276,6 @/ha de algodão em caroço. E, caso se confirme, representará o melhor desempenho já registrado pela cotonicultura mato-grossense em toda a série histórica. O valor ainda representa um aumento de 17,6% quando comparada a safra 2015/16, ano em que o Estado sofreu com uma forte seca.
Houve recuperação da produtividade ante a safra passada nas regiões Nordeste, Noroeste e Sudeste, com incrementos na ordem de 41,5%, 27,5% e 20,6%, respectivamente. Porém, em números absolutos a região Oeste fica à frente das demais, com uma produtividade de 293 @/ha de algodão em caroço.
Ainda de acordo com o Imea, a área destinada ao algodão em Mato Grosso foi consolidada em 626,6 mil hectares, aumentando 2,4% em relação à safra 2015/16. Desta área, 77,8 mil hectares são destinados ao cultivo de algodão primeira safra e os 548,8 mil hectares restantes destinados ao cultivo de segunda safra. Avaliando cada safra separadamente, houve uma redução de 19,9% na área de primeira safra e um acréscimo de 6,6% na área de segunda safra, ambas comparadas à safra 2015/16.
As regiões Nordeste, Noroeste e Sudeste apresentaram retração na área ante a última safra, porém esta queda, segundo o instituto, foi compensada pelas demais regiões, principalmente a Médio-Norte que apresentou um incremento de 13,8%.
A produção de algodão da safra 2016/16 ficou estimada em 2,6 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1 milhão de toneladas de pluma de algodão, acréscimo de 20,4% e 17,7% ante a safra 2015/16, respectivamente. Segundo o Imea, “os bons frutos no campo estão sendo resultado da melhor janela de semeadura de grande parte do algodão segunda safra proporcionada pela colheita da soja, e na extensão das chuvas nos meses de abril e maio”.