Todos os produtos do complexo soja estão cotados abaixo dos valores verificados em setembro de 2016. Em Mato Grosso, a saca de soja é vendida a R$ 60,50 (60 kg), a tonelada do farelo de soja alcança R$ 831 e o óleo está cotado a R$ 2,131 mil/tonelada. A queda mais acentuada é notada no valor do farelo (-33,36%), que em setembro de 2016 alcançava de R$ 1,247 mil/t no Estado, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O óleo de soja está 25,22% mais barato que em setembro de 2016, quando o valor médio estava em R$ 2,850 mil/t. Por sua vez, a soja em grão depreciou 17,91% em comparação com setembro passado, quando atingia R$ 73,70 (saca). “O mercado internacional é orientado pela oferta e demanda. Sendo assim, quanto maior a oferta de produto, menor o valor”, lembra o economista Carlos Theobaldo de Souza.
Por essa lógica de mercado, os compradores irão procurar o fornecedor que oferecer o produto pelo menor preço. Segundo o economista, as vendas de produtos industrializados garantem ao exportador maior valor aos produtos. “O valor agregado ao produto faz o seu preço aumentar”.
Mercado mundial
Segundo o Imea, a divulgação do relatório da oferta e demanda de soja pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos refletiu nas cotações externas da oleaginosa. Enquanto a expectativa do mercado mundial era de recuo na produtividade das lavouras na safra 2017/2018, os Estados Unidos surpreendeu ao anunciar aumento na produção, que poderá alcançar 120 milhões de toneladas. A divulgação deste mês levou ao recuo de quase 10 pontos nos contratos futuros da Bolsa de Chicago (CBOT), registra o Imea.