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Controle natural de pragas deve ser mais explorado por produtores, defende pesquisador

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Os produtores devem começar a explorar mais o controle natural das pragas nas lavouras. Esta é avaliação do pesquisador e doutor pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Celso Omoto, em entrevista ao Só Notícias/Agronotícias. “O controle natural pode ser aplicado em qualquer sistema e o benefício é a redução no uso de inseticidas. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é baseado em princípios ecológicos, econômicos e sociais. O controle natural é de graça. Precisamos explorar mais esta ideia”.

O pesquisador também defendeu as chamadas “áreas de refúgio”, locais com plantas não Bt da mesma espécie em lavouras de soja, milho e algodão. Estas áreas têm como função produzir insetos suscetíveis às proteínas inseticidas que irão se acasalar com os insetos resistentes provenientes das áreas Bt, gerando novos indivíduos suscetíveis à tecnologia. O objetivo de manter uma população de pragas vulneráveis ao efeito inseticida da variedade transgênica é preservar os benefícios da tecnologia.

“Se o produtor precisar aplicar inseticida no início do estabelecimento da cultura a recomendação é que opte por opções mais seletivas. No caso de tecnologia Bt, é de extrema importância o plantio das áreas de refúgio para produzir indivíduos suscetíveis. Nestas áreas não podemos controlar semanalmente as pragas, porque aí não vai produzir indivíduos suscetíveis. Então precisamos mudar o conceito de manejo nas áreas de refúgio”.

Para ele, tais áreas deveriam ser implementadas por força de lei. “Poucos produtores estão plantando estas áreas. Para que isso ocorra, talvez seja necessário ter regulamentação, porque daí as empresas seriam as primeiras a obedecer e disponibilizar as sementes que não são BT. Com isso, o produtor terá que plantar e as associações poderão cobrar. Então precisamos de controle legislativo como forma adicional de melhorar a forma do manejo de pragas”.

Omoto apresentou o tema “Estratégias do Manejo de Resistência” nesta quinta-feira, durante o 4­º Simpósio Agroestratégico da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), em Cuiabá.

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