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Consumo global de soja deve superar produção na safra 2018/19

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Para a temporada 2018/19 as projeções de crescimento de crescimento da demanda não se limita só à soja, mas se estende por todas as oleaginosas, segundo mostram números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O esperado é de que o consumo, mais uma vez, supere a produção.

A oferta 2018/19 de oleaginosas deverá ser ligeiramente maior, com uma perspectiva de retomada da safra de soja da Argentina após a severa quebra da temporada atual em função de uma das piores secas da história do país. Na contramão, afinal, há uma expectativa de que a nova safra dos Estados Unidos seja menor do 2017/18.

Já entre as produções de canola e girassol, em ambos os casos, é esperado um crescimento. O mesmo se espera para a produção de palma – e óleo de palma, enquanto se projeta uma menor oferta de caroço de algodão e amendoim.

O crescimento da demanda mundial por oleaginosas, ainda segundo o USDA, deverá ser liderado pelo aumento do esmagamento de soja na China. Ao mesmo tempo, se espera uma alta consistente na demanda global pela commodity e esse deverá ser o principal fator de redução nos estoques mundiais de soja.

Em seu reporte mensal de oferta e demanda divulgado nesta quinta-feira (10), o USDA estimou os estoques finais de soja globais da safra 2018/19 em 86,7 milhões de toneladas, contra o número 2017/18 de 92,16 milhões de toneladas. E essa redução deverá ser observada mesmo diante de um aumento da produção mundial.

“Apesar de uma alta esperada de 4% na produção mundial de soja, esse crescimento contínuo da demanda deve promover um ‘desaparecimento’ dessa aumento. A relação estoque x uso cairá ligeiramente, mas ainda assim irá se manter em um nível saudável”, diz o departamento americano.

As importações globais de soja, afinal, deverão apresentar um incremento de 5% na temporada 2018/19, lideradas pela China – com mais de 100 milhõe de toneladas, ao lado do sudeste da Ásia, o Oriente Médio e o México.

Neste quadro, a projeção é que, no ano comercial 2018/19, o Brasil continue liderando as exportações de soja. O USDA as vendas brasileiras em 72,3 milhões de toneladas, enquanto a estimativa para as norte-americanas são de pouco mais de 62 milhões.

O incremento do consumo mundial não só pela soja, mas pelas oleaginosas de uma forma geral, tem sido estimulado por boas margens de esmagamento e pela demanda intensa por farelos proteicos, principalmente o farelo de soja. Além disso, a demanda por óleo de soja também mostra uma considerável tendência de crescimento.

O USDA espera que as importações mundiais de farelo de soja apresentem neste próximo ano comercial um ganho de até 3% em relação á safra 2017/18 e a Argentina deverá retomar seu posto de maior exportadora mundial do derivado.

O consumo global do farelo deverá crescer, aproximadamente, 5% motivado por sua maior utilização na criação de aves em nações como China, sul e sudeste da Ásia, além do Oriente Médio.

A produção global de óleos vegetais, ainda de acordo com estimativas do USDA, deve crescer também de forma bastante significariva, com exceção do azeite de oliva. Os destaques deverão ficar por conta do óleo de palma e de soja. “A forte demanda por farelo de soja estimulará, portanto, um maior esmagamento, resultando também em uma maior produção de óleo”, dizem os analistas do USDA.

Somente de óleo de soja, o departamento americano estima um crescimento nas exportações dos EUA de 3% na temporada 2018/19 de 3%, com o volume total podendo chegar a 11 milhões de toneladas.

Números de um estudo feito pelo Rabobank mostram quem, entre 2010 e 2017, as exportações brasileiras de grãos e oleaginosas apresentaram um crescimento de 145%, passando de 40 para 97 milhões de toneladas. E parte desse desempenho, ainda segundo o banco, se deu com melhoras sendo registradas na logística nacional.

“Este enorme crescimento em um período, relativamente, curto mudou a forma como a produção é movida das áreas produtoras do interior do país para os portos e, na sequência, para os destinos exteriores. A logística brasileira passou por mudanças interessantes, incluindo uma maior utilização de hidrovias, além de um maior volume de grãos direcionado aos portos do Arco Norte”, diz o reporte do Rabobank.

No mesmo intervalo de tempo, somente estes terminais aumentaram em 15% suas exportações de soja e milho.

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