O clima não favoreceu o plantio do milho segunda safra em algumas regiões de Mato Grosso. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Sul e Sudeste do Estado, apesar dos “crescentes investimentos atrelados à cultura”, o estresse hídrico durante a fase de germinação deve resultar em “queda no rendimento médio”. “As precipitações ao final de abril e início de maio amenizaram um pouco esse quadro, mas ainda assim, são esperados reflexos”, diz a companhia.
De forma geral, no entanto, a Conab aponta que o cenário é “bastante heterogêneo” em relação aos níveis de produtividade entre as diversas regiões de Mato Grosso. “Em boa parte do estado, o quadro foi positivo para o milho, por conta do regime favorável das chuvas e dos maiores investimentos aplicados à cultura”. Ainda assim, a companhia de abastecimento projeta um resultado negativo na produtividade do milho em Mato Grosso, que deve ter média de 6.268 kg/hectare, 1,7% menor do que o obtido no último ciclo.
A Conab aponta, também, que a área plantada com milho em Mato Grosso deve aumentar 11,2% na atual safra, passando de 4,8 mil para 5,4 mil hectares. Já a produção deve subir 9,3% e chegar a 33,9 milhões de toneladas.
Conforme Só Notícias/Agronotícias já informou, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) divulgou os dados da colheita do milho para Mato Grosso e detalhou que a umidade dos grãos vem diminuindo em várias regiões do Estado. Alguns produtores começaram a intensificar os trabalhos a campo. Deste modo, a colheita do cereal fechou a segunda semana de junho estimada em 8,30% da área semeada.
Ainda segundo a apuração do IMEA, a colheita deve seguir atrasada em relação à safra 2018/19, a qual, neste mesmo período, já registrava 16,85% da área do estado colhida, “influenciada por uma semeadura mais adiantada e ao clima mais propício para colheita naquele momento”.