As comissões de Defesa Agrícola e Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) se reuniram, separadamente, na manhã desta terça-feira. Esta é a primeira reunião do ano de Logística e a segunda de Defesa. O objetivo dos grupos de trabalho é debater temas das respectivas áreas que impactam na rotina dos agricultores do Estado.
No caso de Logística, a primeira pauta foi definir o vice-coordenador da Comissão. “Votamos de maneira unânime no nome do Oldair Sangaletti, que já é nosso vice-presidente Leste. A escolha é justificada por ele estar em uma região que logisticamente é uma das mais esquecidas de Mato Grosso e, portanto, será um bom representante”, afirma o coordenador da Comissão, Diogo Rutilli.
Em seguida, foi apresentado o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) do Rio das Mortes (Araguaia/Tocantins) pela empresa R. Peotta. O estudo era bastante aguardado pela Aprosoja e Movimento Pró-Logística e, portanto, considerado um avanço para o setor. Outras hidrovias debatidas foram Arinos/Juruena e Teles Pires/Tapajós.
Também estiveram na pauta as rodovias federais prioritárias para o setor (BR-080 e BR-158, por exemplo) e a situação da concessão da BR-163/364. O convite para Estradeiro da BR-174, que começa no dia 16 de abril, também foi reforçado pelo coordenador da Comissão, Diogo Rutilli.
Os membros da Comissão de Defesa Agrícola também estiveram reunidos nesta manhã. Na pauta, os principais projetos e programas da área. São eles: Classificador Legal, Aproclima, Monitor da Segurança e Semente Forte.
Uma das principais evoluções ocorreu no programa Classificador Legal. A Comissão sugeriu a renovação do contrato com quatro classificadores regionais e foi dado o aval para a contratação de mais um classificador para as regiões Norte e Oeste, que ainda passarão pela pauta da diretoria da Aprosoja. “Caso seja aprovado, este quinto profissional atenderá nas duas regiões, Norte e Oeste, por serem locais com altas demandas”, explica o coordenador da Comissão, Lucas Costa Beber.
Hoje, a região Norte responde por 30% da produção de soja de Mato Grosso, seguida por Oeste (25% da produção), Sul (25%) e Leste (20% ).
Em relação ao Aproclima, programa criado em 2016 com o foco inicial de encaminhar aos associados a previsão climática semanal e previsões mais detalhadas de 15 em 15 dias e de 90 em 90 dias. Na reunião de hoje ficou definido que o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) fará um diagnóstico de qual a melhor maneira de manter as estações meteorológicas que serão instaladas em Mato Grosso.
“Além disso, vale destacar que o programa trará como reflexo a adequação climática para o seguro rural de Mato Grosso, já que hoje ele atende muito mais as regiões Sul e Sudeste. Essa adaptação, focada no nosso clima, é uma demanda bastante antiga”, completa Beber.
Sobre o Projeto Monitor, parceria entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a Aprosoja para reforçar a segurança dos produtores rurais, o coordenador da Comissão explicou aos membros que ainda nesta semana a diretoria da Aprosoja recebe o Instituto Von Braun, que fabrica tecnologia para rastreabilidade por chips. O objetivo é que seja possível rastrear os defensivos agrícolas ainda neste ano, para a safra de soja.
Sobre o projeto Semente Forte, o grupo definiu que as pesquisas de laboratório para verificar a qualidade das sementes utilizadas em Mato Grosso se iniciarão também nesta próxima safra de soja.