As 12 concessionárias de ferrovias do país movimentaram 122,4 milhões de tonelada úteis nos primeiros três meses de 2018. O volume é 0,88% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, que teve a movimentação recorde dos últimos 12 anos do setor. De acordo com os dados publicados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o montante transportado ainda é 5,05% superior ao mesmo trimestre de 2016, como 116,5 milhões de toneladas.
Em janeiro, o setor registrou alta de 4,24%, seguida de uma queda de 6,11% em fevereiro e outra de 0,95% em março, na comparação com os mesmos meses de 2017. Contudo, 8 dos 12 operadores tiveram resultado positivo em relação ao período avaliado.
Os quatros trechos operados pela Rumo ALL – Malha Norte, Malha Oeste, Malha Paulista e Malha Sul – apresentaram crescimento no período de janeiro a março de 2018. A Malha Paulista registrou o maior acréscimo, de quase 26%. A ferrovia é responsável pelo escoamento da produção agrícola dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo pelo Porto Santos. Já a Malha Norte, que atende o Porto Esperança (Rio Paraguai), em Corumbá (MS), até Mairinque (SP), registrou alta de 22,3%.
A Estrada de Ferro Carajás (EFC), operada pela Companhia Vale do Rio Doce entre os estados do Pará e Maranhão, também teve saldo positivo de 11,2% no período comparado. O trecho é responsável pelo transporte, principalmente de minério de ferro, que segue para exportação via Porto de Itaqui (MA). Por outro lado, a Estrada de Ferro Vitória a Minas, também controlada pela Vale, registrou queda de 14%. O trecho que tem 905 quilômetros e transporta, principalmente, o minério de ferro do interior de Minas Gerais ao Porto de Tubarão, no Espírito Santo.