As intensas chuvas na região Norte continuam atrasando a colheita da soja. A projeção divulgada, ontem, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) é de 57% da área total colhida. A nível estadual o atraso é de 31 pontos percentuais em relação a colheita do ano passado.
Ontem e hoje choveu novamente em diversos município. Em Sorriso, maior produtor nacional de soja, o distrito de Primeirinha foi um dos mais atingidos. A estimativa é que tenha chovido mais de 250 milímetros e em uma fazenda a soja foi coberta pela água. Dos mais de 605 mil hectares plantados, a colheita ocorreu em 70%.
“É um grande impacto. Por enquanto não dá para saber o prejuízo, só depois que as máquinas entrarem, mas deve passar de 10%. Também paralisa muito a colheita que já está atrasada. Só vai poder voltar a colher depois que o solo secar. Agora, depende muito do clima. Se tiver alguma coisa do milho também perde. Não tem oxigênio e morre”, apontou ao Só Notícias, o presidente do Sindicato Rural, Silvano Filipetto.
De acordo com o Instituto Climatempo, hoje tem 90% de probidade de mais chuva na capital do Agronegócio. Pode chover até 25 milímetros.
Em Lucas do Rio Verde que tem, em média, 250 mil hectares de lavoura de soja, a colheita também está sendo prejudicada pelas chuvas, segundo o presidente do Sindicato Rural, Antônio Izac Fraga Lira. Ainda falta colher 30% e em algumas fazendas parte da safra está apodrecendo devido a grande umidade. A estimativa é de prejuízo nessa reta final. Se o tempo ajudar, a safra deve ser totalmente colhida em 20 dias. Porém, esta não é a única preocupação do homem do campo. A safra do milho também está atrasada e com as chuvas não há como fazer a aplicação dos defensivos.