O mercado da soja na Bolsa de Chicago, na sessão desta quarta-feira, voltam a operar em campo positivo depois de fechar com leves ganhos no pregão anterior. Os futuros da oleaginosa, por volta das 7h50(horário de Brasília), subiam mais de 4 pontos, com o julho valendo US$ 9,37 e o novembro – referência para a safra americana – com US$ 9,43 por bushel.
Com as lavouras norte-americanas já em desenvolvimento, as informações sobre o clima no Meio-Oeste americano seguem no centro das atenções. Os próximos cinco dias deverão ser de chuvas, porém, será necessário entender em que cenário as plantações entram na próxima semana.
Não só para a soja, mas as condições para o milho e, neste momento, principalmente para o trigo, trazem volatilidade ao mercado e o sentimento de que a oleaginosa também poderia sentir os impactos de algumas adversidades. Do trigo de primavera, apenas 45% estão em boas ou excelentes condições nos EUA e os futuros do cereal alcançaram, nesta quarta, suas máximas desde 2014.
Por outro lado, como explica o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, esse agravamento da situação dos grãos poderia provocar uma migração de áreas para a soja em algumas regiões produtoras.
Novos dados de plantio saem no fim de junho e os produtores americanos que buscarão o seguro – o chamado Prevented Planting – entre o fim de julho e agosto e, como explicam analistas e consultores de mercado, podem ajudar a direcionar as cotações.
No quadro político e financeiro, atenção à decisão do Federal Reserve (o banco central americano) sobre as taxas de juros nos Estados Unidos, bem como a movimentação do dólar. Paralelamente, traders ainda de olho comportamento dos fundos diante dessas últimas previsões climáticas.