A Polícia Rodoviária Federal confirmou, agora há pouco, que cinco pontos de protestos de caminhoneiros estão mantidos nas rodovias federais de Mato Grosso. Eles estão realizando o bloqueio da passagem de carretas e caminhões com cargas na BR-163 em Nova Mutum; na BR-364 em Rondonópolis (em três pontos) e também na BR-070, em Primavera do Leste. Apenas veículos transportando grãos são parados. Os demais trafegam normalmente.
O protesto teve início, na última sexta-feira, na região de Rondonópolis, e hoje entra no quarto dia com o movimento se espalhando para as demais regiões do Estado. O representante do Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG), Gilson Baitaca, afirmou, em entrevista ao Só Notícias, que o manifesto dos caminhoneiros ocorreria por por tempo indeterminado e que o grupo não está protestando contra o governo e sim contra as tradings ao buscar valores mais justos para o frete este ano. Segundo ele, o manifesto deve durar até que as empresas chamem os caminhoneiros para negociação.
Conforme Só Notícias já informou, em dezembro do ano passado, foi aprovado na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados o projeto (PL 528/15) que define uma política de preços mínimos para o setor de transporte de cargas. Agora, a proposta passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, se aprovada, seguirá direto para o Senado.
O projeto determina que, nos meses de janeiro e julho, o Ministério dos Transportes regulamente os valores mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes por eixo carregado. Até que isso ocorra, o texto prevê como mínimo R$ 0,90 por quilômetro rodado para cada eixo carregado, no caso de cargas refrigeradas ou perigosas; e de R$ 0,70, nos demais tipos de cargas. Para fretes considerados curtos (em distâncias inferiores a 800 quilômetros), esses valores são acrescidos em 15%.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias/Alex Fama