A Câmara Setorial Temática que discute o desenvolvimento da hidrovia Paraguai-Paraná realizou na manhã de hoje sua terceira reunião ordinária. Na ocasião o engenheiro do Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres (IHGC), Adilson Reis, apresentou um estudo sobre a viabilidade do modal.
As informações apresentadas contextualizam a utilização histórica da hidrovia que data mais de 400 anos de navegação e comercio. Segundo ele, o investimento no transporte por hidrovias é uma alternativa para não depender somente das rodovias, principalmente no escoamento de produtos da agroindústria. “A hidrovia já é utilizada por embarcações menores e o que estamos propondo é trazer tecnologia para as embarcações maiores a fim de que naveguem na rota, que tem suas peculiaridades”, explicou o engenheiro.
Para a presidente da CST, Sinara Piran, os trabalhos estão apenas começando e as discussões vão abordar as questões ambientais, sociais e econômicas tão importante para implementar uma iniciativa deste porte.
A hidrovia Paraguai-Paraná é um dos mais extensos e importantes eixos de integração política, social e econômica da América do Sul. Ela corta o continente desde a cidade brasileira de Cáceres, no estado do Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai, percorrendo um total de 3.442 km por cinco países: Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Para Enrique Prudêncio, representante da Câmara de Deputados da Bolívia, que participa da CST, o modal tem importância estratégica para o seu país porque “representa uma alternativa de acesso mais rápido até o oceano e vai facilitar o comércio com outros países”, afirma.
Também participaram do encontro representantes da Secretaria de Articulação do Governo do Estado, do Conselho Regional Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea/Mt), da Secretaria de Planejamento de Cáceres e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).