A possibilidade de reconhecimento do Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio, é aguardada com ansiedade pelos criadores de bovinos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que a OIE faça o reconhecimento durante a reunião anual, em Paris.
Segundo a Pasta e representantes do setor pecuário, a certificação vai contribuir para ampliar e abrir novos mercados internacionais às carnes brasileiras e, consequentemente, as provenientes de Mato Grosso, que completa este mês 22 anos sem aftosa. No início de dezembro, o Mapa declarou novas zonas livres da febre aftosa com vacinação no Amapá, Roraima, grande parte do Amazonas e áreas de proteção no Pará, finalizando nacionalmente o processo de erradicação da doença.
Em abril, completaram-se 11 anos sem registro de aftosa no país. De acordo com Francisco Manzi, diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o Estado já está livre da febre aftosa com vacinação há 22 anos e em breve irá ser retirada a vacina. “No próximo ano, o estado de Rondônia e Acre também estarão em fase de retirada da vacinação. Em Mato Grosso será a partir de 2021, no último bloco. No entanto, estamos observando bastante este programa de retirada da vacina porque Rondônia faz divisa com o Estado e teremos que acompanhar como será a reação”.
Além dos estados, Mato Grosso ainda tem o desafio por ser região de fronteira internacional. “Por causa disso, há anos já fazemos o acompanhamento de forma especial na fronteira, levando a vacinação para estas regiões como os municípios que fazem divisa com a Bolívia. Com a retirada da vacina, os órgãos de vigilância sanitária precisarão estar atentos para agir de forma rápida em caso de alguma ocorrência, para impedir a propagação do vírus”, salienta.