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Blairo anuncia plano safra nesta 4ª que deve ter juros balizados pelo IPCA

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Um dos pontos mais esperados para a divulgação do novo Plano Safra, que acontece nesta quarta-feira (6), em Brasília é a situação dos juros. A expectativa do economista da Faep (Federação de Agricultura do Estado do Paraná), Pedro Loyola, e de demais lideranças é de que as taxas serão reduzidas em 1% em relação ao plano anterior ou mantidas, com o mecanismo da pós-fixação.

A taxa de juros destinada ao custeio, hoje, por exemplo, poderia passar de 8,5% para 7,5% na nova temporada.

Uma notícia do Valor Econômico dá conta ainda de que o IPCA irá balizar parte dos juros do crédito rural nesse plano 2019/20. Essa é uma medida que vinha sendo fortemente defendida pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn e, ao ser efetivada, começa a valer em 1º de julho. Embora não dependa da aprovação do Congresso, a medida passar pelo crivo do Conselho Monetário Nacional (CMN).

“A equipe econômica do governo ganhou a queda de braço que travava com o Ministério da Agricultura desde o ano passado e no próximo Plano Safra (2018/19) vai atrelar os juros de uma parte das operações de crédito para o custeio agropecuário ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fase de testes, essa terceira modalidade de financiamento envolvendo crédito rural terá a taxa de juros corrigida pelo IPCA vigente no mês da contratação mais um percentual ainda a ser definido”, diz a notícia.

A notícia traz a informação ainda de que esse novo formato de financiamento deverá ser opcional, no momento da contratação do crédito. Ademais, o produtor conta ainda os modelos já conhecidos do que estabelece juros controlados e subsidiados e aquele que prevê juros livres.

Em entrevista ao Valor Econômico, o ex-diretor da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) Ademiro Vian, esse é um mecanismo que se mostra atrativo para os produtores somente se a inflação estiver com uma tendência de baixa, uma vez que o produtor busca modelos de menor risco. A mudança na taxa variável poderia torná-la, afinal, mais alta do que a fixa, ampliando seus custos ao longo da safra.

Essa taxa variável poderia alcançar cerca de 5% do total dos recursos que serão destinados ao custeio no plano a ser divulgado nesta quarta.

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