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Os preços dos produtos oscilam conforme a oferta e a demanda. Após o recuo na cotação do leite no varejo com a ampliação da oferta no período de safra, a perspectiva para os próximos meses é de elevação. A projeção é do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso (Sin-dilat). “Acredito que no fim da entressafra teremos a mesma perspectiva de preço, por causa da produção que caiu no último ano”, comenta o presidente do Sindilat, Antônio Bornelli.
Além disso, com o início do ano letivo, o consumo volta a crescer. Conforme ele, a indústria paga atualmente cerca de R$ 1 pelo litro do leite, mas até o fim do ano passado custava R$ 1,20 aos laticínios. No boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na segunda-feira (16), o cenário de preços baixos vigorou no mercado lácteo em novembro, tanto no atacado quanto no varejo. De acordo com os analistas do Imea, a elevação na captação é a principal responsável por este cenário por esse movimento de redução de preços no mercado, que também reduziu o valor pago aos produtores.
De outubro para novembro, a captação de leite pela indústria subiu 10,54 pontos percentuais e alcançou o maior nível no ano. “Desta forma, a maior oferta atrelada à demanda estagnada está dificultando a sustentação nas cotações em todos os elos. Neste panorama, uma possibilidade de mitigar os entraves dessa maior oferta seria elevar a produção destinada a outros estados”, pontuam os analistas.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção estadual de leite totalizou 734 milhões de litros e o consumo interno, segundo o Imea, foi de 559 milhões de litros.
Fonte: A Gazeta (foto: Irene Medeiros/arquivo)