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Na última semana, milhares de caminhoneiros tiveram que parar de trabalhar na BR-163, no Pará, devido a atoleiros na rodovia que não permitiram o tráfego dos veículos. Além do prejuízo aos trabalhadores, que sofrem com a falta de condições básicas de higiene e alimentação, toda a cadeia produtiva do agronegócio amargou prejuízos.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), as empresas têm prejuízos de US$ 400 mil diários por não poderem embarcar a soja nos portos do Arco Norte. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e o Movimento Pró-Logística cobraram do o Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) ações concretas e emergenciais para sanar os danos.
Desde ontem, as chuvas deram trégua e os trabalhos de recuperação dos trechos começaram e o tráfego está fluindo lentamente. Depois de liberar todos os veículos, as autoridades e empresas responsáveis pelo trecho vão fechar a rodovia por alguns dias para consertar os atoleiros e liberar novamente os caminhões para trafegar na região.
“É preciso empenho do Dnit, do Ministério dos Transportes e das empresas para que a situação se resolva de uma vez por todas. Não podemos admitir que isto ocorra novamente na próxima safra. A situação precisa ser corrigida rapidamente”, alertou Endrigo Dalcin, presidente da Aprosoja.
Cerca de 30% das safras de soja e milho de Mato Grosso já saem do estado pelos portos da região Norte do país, uma opção logística mais barata do que enviar os caminhões carregados para o Sudeste e Sul.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: arquivo/assessoria)