Membros da Aliança Internacional dos Produtores de Soja (ISGA- International Soybean Growers Alliance) se reúnem nesta terça-feira para discutir temas relacionados à cultura da soja, na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), em Brasília, sob organização da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), que atualmente está na Secretaria da Aliança.
A reunião conta também com participantes da Aprosoja Mato Grosso do Sul, e entidades representantes da cadeia de soja do Paraguai, Argentina, Estados Unidos e Canadá. Entre os assuntos, o fórum discute limites máximos de resíduos (LMR’s), impactos globais da relação entre a China e os Estados Unidos, inovação do melhoramento genético de plantas e teor de proteína da soja. Além dos assuntos acima relacionados, a Aliança também discute a sustentabilidade do sistema produtivo, o que envolve as boas práticas agrícolas, a inclusão do plantio direto para recuperação de carbono, e a certificação global da produção.
Conforme o vice-presidente da Aprosoja de Mato Grosso, Fernando Cadore, a guerra comercial tem sido assunto recorrente nas reuniões do ISGA por se tratar de tema de grande impacto econômico entre os países produtores. Além disso, o encontro deve formalizar um documento sobre o tema Limites Máximos de Resíduos (LMR’s), com o posicionamento da cadeia mundial da soja para embasar as ações governamentais de cada país.
“É um fórum onde se discute assuntos inerentes à cultura da soja em cada país, e de que maneira podem impactar cada ente desse processo. É provável que desse encontro saia um documento relacionado aos limites de resíduos internacionais de agroquímicos, que servirá de suporte técnico para os governos trabalharem, para que se equalize em nível mundial, com objetivo de chegar em um denominador comum, que cause o menor impacto possível para cadeia de soja”, pontuou Cadore.
Outro tema tratado nesta reunião do ISGA é o possível banimento do uso do glifosato na Europa e os impactos para os países produtores de soja. De acordo com Fernando Cadore, a proibição desse defensivo nos países que compõe o ISGA torna a produção inviável. “Hoje o glifosato é uma ferramenta indispensável para nossa produção da América do Sul”, afirmou.
O fórum se reúne cerca de duas vezes ao ano para debater temas internacionais relacionados à produção de soja.
A próxima agenda será uma missão internacional para a Europa, ainda no primeiro quadrimestre do próximo ano, principalmente para tratativas com órgãos regulamentadores e com a nova Comissão Europeia, instalada no último dia primeiro de dezembro.
A Aliança Internacional dos Produtores de Soja – ISGA congrega 95% da produção mundial de soja, com a participação dos países Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Estados Unidos e Canada.
As informações são da assessoria.