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Apesar de operação, frigoríficos exportam mais em MT

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Os frigoríficos aptos à exportação em Mato Grosso venderam mais carnes aos consumidores internacionais no 1º trimestre, ante o mesmo período de 2016. Conforme estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), o volume de carne bovina embarcada pelo Estado aumentou 6,61% no acumulado dos 3 primeiros meses, apesar da Operação Carne Fraca, desencadeada no dia 17 de março pela Polícia Federal para apurar corrupção na concessão de licenças sanitárias em 21 frigoríficos brasileiros, nenhum de Mato Grosso.

As 63,525 mil toneladas do produto enviadas aos clientes internacionais rendeu US$ 255,411 milhões este ano, acréscimo de 12,21% sobre os US$ 227,6 milhões computados no mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2016 foram vendidas 59,577 mil (t) da proteína animal a outros países. Como explica o vice-presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Bellincanta, diante da queda no consumo interno -que absorve cerca de 70% da produção estadual – o setor direcionou volumes maiores de carne ao mercado externo. “O mercado tinha se voltado mais às exportações já em fevereiro. Teríamos um acréscimo ainda maior (nas vendas) se não houvesse a redução com a Operação Carne Fraca”.

Na quarta-feira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, afirmou que a maioria dos mercados suspenderam as restrições à carne brasileira. A informação foi repassada pelo ministro no encerramento da reunião do Conselho Agropecuário do Sul, em Buenos Aires, na Argentina. Maggi se reuniu com ministros da Agricultura da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. “Ainda há alguns mercados fechados no Caribe, mas, ontem (dia 4), a Jamaica também reabriu e, em seguida, Barbados fez o mesmo”, comentou Maggi. “Assim, sucessivamente, vão sendo retiradas as últimas restrições”.

Para o economista especializado em Comércio Exterior, Vítor Galesso, é possível que a Operação mostre seus efeitos na balança comercial mato-grossense a partir do próximo mês, já que atualmente há frigoríficos com abate reduzido no Estado, situação que poderá ser prorrogada. “Mas, acredito que essa queda será realmente temporária, porque alguns países que suspenderam as importações estão retomando (as compras)”.

Galesso afirma, ainda, que poderá haver crescimento nas exportações da proteína animal no decorrer do ano, ainda que menor do que poderia ser após o trabalho do Mapa de ampliação dos mercados, afetado pela deflagração da Operação Carne Fraca. “Já foi identificada a profundidade do problema e as compras devem retomar os patamares anteriores”.

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