O reajuste dos combustíveis nas refinarias, que começou a valer no dia 21 de abril, pode aumentar em média R$ 0,09 o litro do diesel e em R$ 0,04 o da gasolina nas bombas. Isso representa, para o consumidor final, impacto de 2,9% e de 1,2%. O anúncio foi feito pela Petrobras no dia 20 de abril.
De acordo com a Confederação Nacional de Transporte (CNT), se repassado integralmente, o reajuste refletirá no custo operacional do transporte e, como consequência, poderá elevar o preço do frete. Levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) aponta que o efeito pode variar de 0,11% a 0,92%, de acordo com a distância percorrida. O menor impacto é estimado para percursos muito curtos (de até 50 quilômetros). O maior, para viagens muito longas (de mais de 6 mil quilômetros).
O cálculo foi feito pelo Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos (Decope) da NTC&Logística. A análise considera o consumo de combustível de um caminhão trator 4×2 tracionando carreta furgão de três eixos, com capacidade para 26,2 toneladas de carga.
Segundo a entidade, em operações urbanas ou rotas curtas, o combustível pode representar entre 15 e 20% do custo. Já em uma operação rodoviária, por exemplo, do agronegócio, onde são utilizados veículos pesados que percorrem grandes distâncias, o peso do combustível pode subir para 40% ou mais.