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Agricultores contratam R$ 137,2 bilhões para custear safra

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Os financiamentos agropecuários da agricultura empresarial no ano agrícola 2016/17 totalizaram R$ 137,2 bilhões, sendo R$ 82,3 bilhões para custeio, dos quais 78,8% a juros controlados e 21,2% a juros livres, R$ 23 bilhões para comercialização, R$ 26,5 para investimentos e R$ 5,4 bilhões para industrialização. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as contratações de crédito rural na safra 2016/2017, que finalizou no último dia 30 de junho, mantiveram a mesma distribuição observada nas últimas safras.

A queda observada em relação ao custeio se deve ao fato de a industrialização não mais ser classificada como custeio, figurando como modalidade específica do crédito rural. Enquanto o crédito de custeio a juros controlados teve redução de 19% em relação à safra anterior, este crédito a juros livres aumentou 72%, em grande parte graças ao direcionamento de recursos provenientes da emissão de LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) para o crédito rural.

No que se refere à participação dos agentes financeiros no financiamento da agricultura, os bancos públicos reduziram sua participação em 23% com recursos controlados e ficando inalterada na parte de recursos livres. Os bancos privados tiveram aumento de participação de 10% a juros controlados e de 36% a juros livres

As emissões de LCA continuam sendo fonte importante de financiamento da agricultura, graças à instituição, em julho de 2015, do direcionamento de parte do valor para o crédito rural, cujo montante passou de R$ 13,4 bilhões, na safra 2015/16, para R$ 18,3 bilhões na safra 2016/17.

A distribuição do crédito de custeio de produtos agrícolas, por finalidade, tem como destaque a participação da soja (34,7%), do milho (12,8%) e dos insumos para cooperados (10,8%), sendo que em relação aos produtos pecuários a pecuária se destaca, respondendo por 66,8% dos financiamentos de custeio.

Quanto à participação regional nos financiamentos de custeio agropecuário, a região Sul respondeu por 33% do custeio e 26% dos investimentos, e a região Centro-Oeste respondeu, respectivamente, por 30% e 36%.

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