Entrou em vigor, na última sexta-feira (1), o Acordo de Livre Comércio (ALC) Mercosul-Egito. O documento, assinado em 2010, é o primeiro desta modalidade celebrado pelo bloco sul-americano com um país do continente africano.
De acordo com projeções da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), aproximadamente 63% das exportações brasileiras para o país serão imediatamente beneficiadas com a entrada em vigor do ALC. A aplicação do acordo no Brasil somente será dada com a publicação de decreto presidencial, prevista para ocorrer em breve.
No ano passado, o fluxo de comércio entre Brasil e Egito alcançou US$ 1,8 bilhão, dos quais 78% corresponderam a produtos cobertos pelo acordo comercial. O país é importante parceiro comercial na África, ao responder por 23% das aquisições de produtos brasileiros no continente.
Em 2016, as exportações brasileiras para o Egito somaram US$ 1,7 bilhão. Entre os principais produtos vendidos ao país africano estão carne bovina (30%), açúcar (17%), milho em grão (14%) e minério de ferro (10%).
No mesmo período, as importações somaram US$ 94,3 milhões. O Brasil compra do Egito, principalmente, adubos e fertilizantes (36%), nafta (10%), fios de algodão (5,8%) e produtos hortícolas (4,4%).