sábado, 7/setembro/2024
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Juarez Costa, de frente ao passado

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Em O Príncipe, o Papa Alexandre VI tem o seu caráter desnudado por Maquiavel. Segundo este, dentre os Príncipes das antigas cidades Estado da Itália, Alexandre VI, Príncipe do Vaticano e da Cidade de Roma, era o mais impressionante em pompa, retórica, em firmar suas ambiciosas alianças diplomáticas, porém, jamais as cumpria. Era do mesmo modo famosa a sua capacidade maliciosa de adaptar-se habilmente a situações adversas, tirando proveito da situação. Beberia do seu próprio veneno.

Em Sinop, Juarez Costa tem sido um expert nessa arte. Desde o tempo de rádio outra coisa não tem feito senão explorar o sentimento das pessoas mais imples, desinformadas. Em posição cômoda, vivia do quanto pior melhor, ou seja, lançando as pessoas contra quem ele bem entendesse capitalizando para si a fama de herói do povo. Em sua trajetória sempre achou alguém para sacrificar – em nome do povo desinformado – para firmar suas ambições a exemplo do que fez ao ex-Prefeito Antonio Contini, ex-Prefeito Adenir Barbosa, ex- Prefeito Nilson Leitão, Baiano Filho, e ao Vereador Gilson de Oliveira.

Adepto da velha escola da malícia, em 2008, em campanha pela eleição, ofertou coisas mirabolantes a população como 310km de asfalto, gratuito. De dar funcionamento ao Hospital Municipal no dia seguinte a sua posse. Plano de saúde aos servidores por convênio com o MTSaúde. Combate ao nepotismo. Creches abertas no período de férias, e mais respeito aos servidores públicos.

À época, ainda vereador, também enviou ao ex- Prefeito Nilson Leitão notícia de que o Plano de Cargos Carreira e Salários-PCCS, à véspera de ser enviado ao Legislativo para discussão e votação naquela Casa, seria reprovado. Que em 2009 ele trataria do caso com a devida ¨responsabilidade¨.

Foram necessárias, no entanto, três greves gerais dos servidores do Município para que o Prefeito Juarez Costa voltasse a ¨responsabilidade¨ quanto ao dito Plano. A beber do seu próprio veneno.

O PCCS recém aprovado pelo Legislativo, no entanto, se deu mais por imposição da categoria por causa da malícia do Executivo do que por capacidade financeira e de planejamento técnico administrativo. Daí o perigo.

A data ideal para a implantação do PCCS seria o ano de 2009 face a ótima situação financeira do Município deixada pelo antecessor. No último dia de 2008 era de 41% o comprometimento da folha de pagamento com a receita do Município, Hoje, o comprometimento é de 52% , batendo no teto exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal face ao inchaço da máquina pública. No último dia de 2008 havia 5 milhões de sobra no caixa da Prefeitura e com todos os seus fornecedores pagos. Hoje o caixa é zero, porém, com 42 de milhões em contas empenhadas a pagar ao comércio, o equivalente a três receitas do Município.

O inchaço se deve sobremaneira a folha de pagamento de funcionários em cargo de confiança que só neste mandato irá consumir a espantosa soma de 12 milhões de reais. Dinheiro suficiente para equipar o Hospital Público do Município, orçado em 10 milhões de reais. A dívida de 42 milhões se deve a falta de planejamento.

O desequilíbrio das finanças do Município que resultou na pressão do Executivo sobre o Sindicato de aplicar o PCCS só a partir 2013. Dado a resistência da categoria cedeu em enquadrar 50% do ajuste em 2012, e a outra metade, em 2013. É esperar para ver.

E mais, se faz necessário aos cidadãos-servidores públicos cobrar do Executivo urgente explicação para o desequilíbrio das contas públicas do Município responsável tanto pela morosidade na aplicação do Plano, na incerteza quanto ao seu futuro revelada na pressão exercida pelo Executivo.

O tempo também desnuda.

Milton Figueirêdo Jr – membro do diretório do PSDB Sinop e ex-vereador

 

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