O ministério dos Transportes estabeleceu 39 ações prioritárias para melhorar as rodovias brasileiras e garantir o escoamento da safra agrícola e estão previstos empreendimentos como entrega e retomada de obras, lançamento de licitações e assinatura de ordens de serviço nas principais rotas rodoviárias brasileiras, além de garantir os trabalhos de manutenção nas estradas.
Em Mato Grosso, são três trechos que receberão obras – BR-163/364 haverá o investimento no contorno Norte de Cuiabá, com uma extensão de 51 quilômetros. Outros dois trechos terão obras. O primeiro tem extensão de 180 quilômetros e o segundo, de 385 km.
Segundo o governo federal, o escoamento da safra 2022/2023 deve ter seu fluxo intensificado nas rodovias federais a partir da segunda quinzena de fevereiro, atingindo o pico entre março e abril. A expectativa é de que 141 milhões de toneladas de produtos agrários sejam destinadas ao comércio exterior neste ano. Esse volume corresponde a 48% das exportações e é capaz de alimentar até 800 milhões de pessoas, ou 10% da população mundial.
“Todas as rodovias principais estão elencadas para receber investimentos. Nossas rodovias vão deixar de piorar e vão passar a melhorar”, afirmou Renan Filho, destacando o montante previsto de investimentos públicos para 2023. No Plano de 100 dias, são R$ 1,7 bilhão garantidos em 311 empreendimentos.
Até o fim do ano, o ministério prevê aplicar R$ 2,7 bilhões em obras e manutenção das principais rotas de escoamento. Neste cenário, além das 39 ações prioritárias, estão previstas outras 34 ações em obras de manutenção de rodovias, tanto no Arco Norte quanto no corredor Sul Sudeste, até o fim do ano.
O Arco Norte entrou na lista de prioridades do Governo Federal devido à ampliação de sua participação nas exportações nos últimos anos. Entre 2017 e 2022, o corredor teve um crescimento que passou de 26% para 38% e a tendência é que esse aumento continue neste e nos próximos anos. Só na via BR-163/MT/PA-Tapajós-Santarém-Vila do Conde, por exemplo, é esperado o escoamento de 18 milhões de toneladas pela rota que leva aos terminais portuários do Pará.