Fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o Partido Socialista Democrático-PSD, se diz independente, na prática, todavia, o seu viés é governista. Um caminho artificioso conveniente aos dissidentes de orbitarem na barra da saia do Governo Federal, quer dizer, da Dilma. É mais do mesmo.
Sob o comando do deputado Riva o PSD no Mato Grosso veio com uma forte escalação. Cinqüenta prefeitos, trezentos e cinqüenta vereadores, sete Deputados Estaduais, dois Deputados Federais, o Vice- Governador, e outras lideranças.
Dado a este fato a pergunta que mais se houve hoje no meio político é a seguinte: É a independência política de Riva?
A notícia de hoje foi de que o governador títere Silval Barbosa está tendo conversas com a cúpula do PSD para que o partido faça parte de sua base de apoio. Tenho essa intenção e já avisei que desejo tê-lo na minha base de sustentação. Política se faz buscando unidade e consenso para alcançar a governabilidade. Um partido que nasce desse tamanho e com secretários que já pertencem à minha gestão merece respeito, declarou o governador.
O argumento do governador de que deseja ter Riva como mais uma pedra na sua base de sustentação é pura falácia. É sabido que Riva não é seixo, mas o próprio alicerce desse Governo. Sem o alicerce Riva, ele desaba.
O deputado é também consciente de que esse Governo é mercadoria vencida. Caso fossem outras as circunstâncias política em nosso Estado, a esta altura, a exemplo do passado, Riva já estaria de malas prontas para ir para o outro lado, no entanto, duas razões o impedem de libertar-se do fantasma Silval Barbosa.
A primeira é por causa da acomodação. Riva depende de estrutura para dar cômodo ao seu partido. São cargos públicos, demandas de prefeituras, entidades, e de rogo de vereadores e eleitores, que só o Governo pode oferecer-lhe. Apenas a estrutura da AL não lhe é suficiente para acudir tão pesado jogo.
A outra razão é de natureza sucessória.
Do outro lado, na oposição, está o Senador Pedro Taques, um dos expoentes do grupo de oposição que em 2014 enfrentará o Governo do qual Riva é o alicerce. A briga entre eles começou em 2003, com a operação denominada Arca de Noé, comandada pelo Senador, à época, procurador da República, que culminou na apreensão de documentos que estavam em poder da Confiança Factoring, de propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo, e que revelariam suposta movimentação financeira de grande volume de cheques sacados contra a conta corrente da Assembléia Legislativa, presidida pelo Deputado. À operação também resultou no que se convencionou denominar de Caso das Calcinhas. Este episódio os tornou em inimigos irreconciliáveis.
Governista e dependente. É o futuro de Riva.
Milton Figueirêdo Jr – membro do diretório PSDB Sinop