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Artigo: A César o que é de César

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O setor de base florestal é favorável à fiscalização. Somos contra o desmatamento ilegal e a prática do uso de correntões. Estas atividades não beneficiam o segmento, pelo contrário, o prejudica porque a floresta acaba degradada impedindo a colheita de matéria-prima.
 
A notícia de uma nova operação de fiscalização em Mato Grosso, inicialmente, causou preocupação no empresariado florestal, pois já é costumeiro que ações desta natureza, com objetivo de conter o desmatamento, acabem tendo seu foco distorcido.
 
Em tempo, parabenizamos a ação articulada entre Ibama, Sema, PF, PRF e Forças Armadas para conter o desmatamento, pela maneira como vêem conduzindo a operação, diferente de outras que buscavam muito mais os holofotes do que quem opera de forma ilícita. Esta vem agindo de maneira acertada, buscando a origem do problema e é por esta razão que pela primeira vez acreditamos, que assim como o próprio setor e a sociedade evoluíram em relação às práticas ambientais, a fiscalização também evoluiu com o objetivo de fazer meio ambiente e não vender meio ambiente como as operações até aqui fizeram.
 
Há que se ressaltar que até o momento não há informações de truculência por parte da operação, que efetivamente não visa buscar nos empresários o ‘bode expiatório’ para as transações ilegais, mas no ato ilícito dos desmatamentos ocasionados em nossa região.
 
Outro fato a destacar é que o presidente do Ibama, Curt Trennepohl, ao dialogar com o setor de base florestal, demonstrou que conhece as ações da categoria e a sua preocupação em trabalhar dentro da legalidade e de maneira sustentável.  Ele entende que o setor se profissionalizou e não compactua com esse tipo de atividade.
 
Entendemos que o desmatamento ilegal deve ser contido e que é do Estado a obrigação de fazer com que se cumpra a lei.  Entretanto cabe-nos também analisar que os números de desmatamento apresentados, embora tenham aumentado para os meses iniciais de 2011, mantém tendência de queda para o acumulado no ano.  Se forem tratados em números absolutos e não percentuais, verificamos que a atual operação foi desencadeada em função do desmatamento sobre 50 mil hectares e, na realidade, descontados as queimadas, nuvens e as autorizações legais, reduziremos estes números a algo em torno de 22 mil hectares. Sem dúvida é um numero que queremos ainda menor, mas considerando o universo do estado de Mato Grosso, e de que o número de envolvidos nestes atos ilícitos é de pouco mais de uma dezena de pessoas, das quais poucas residem em nosso Estado, nos faz acreditar que estamos no caminho certo.
 
A sociedade de Mato Grosso está muito mais consciente e não podemos deixar que esse pequeno número de pessoas cause um retrocesso em nossa economia ou que se venda a imagem que o desmatamento é feito por empresários daqui.  O Estado e o setor de base florestal têm se empenhado ao máximo fomentando as boas práticas ambientais e o trabalho dentro da legalidade.  A fiscalização veio de encontro a isso. Tememos que o foco seja mudado mas, se continuar tratando do que é de sua responsabilidade, será muito benéfico para Mato Grosso. O povo e o governo de Mato Grosso não podem aceitar que nosso Estado seja prejudicado ao aparecer na mídia nacional com grande ênfase nas poucas pessoas responsáveis pelo desmatamento enquanto que outras milhares trabalham corretamente e com responsabilidade ambiental.
 
O setor de base florestal está prestando sua contribuição ao meio ambiente, conscientizando seus associados e incentivando a prática do Manejo Florestal Sustentável, que verdadeiramente é a melhor e mais eficiente maneira de mantermos vivas nossas florestas.
 
Gleisson Omar Tagliari – presidente em exercício do Sindusmad

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