A Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, da Policia Civil, deflagrou, há pouco, a operação Sítio das Neves, e cumpre 16 ordens judiciais, sendo sete de prisões, 11 buscas e apreensões a um grupo criminoso que praticava fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os investigadores estão nos bairros Despraiado, Altos da Boa Vista, Tijucal, Jardim União e Jardim Florianópolis, todos em Cuiabá.
As ordens foram expedidas pela Justiça com base em investigações da Delegacia de Estelionato que identificaram envolvimentos dos suspeitos em golpes cometidos por meio virtuais, principalmente do golpe do falso intermediador de venda.
Estão sendo apreendidos aparelhos celulares, documentos (em especial relacionados a contas bancárias utilizadas pelos criminosos), além de bens e objetos de alto valor, supostamente adquiridos com dinheiro oriundo dos golpes.
As investigações iniciaram em dezembro de 2021, quando as vítimas (comprador e vendedor) sofreram golpe na negociação de um sítio, próximo à Cuiabá, anunciado em um site de compra e venda. O anúncio verdadeiro foi copiado pelos golpistas, sendo alterado apenas o número de telefone para contato ser feito com os estelionatários e não o verdadeiro dono.
A vítima interessada na compra viu o anúncio “clonado”, entrou em contato e o golpista intermediou toda a negociação, inclusive o encontro entre o comprador e o falso vendedor na propriedade negociada.
Para praticar o golpe, o suspeito dizia ao comprador que havia recebido o sítio do verdadeiro dono, como forma de pagamento de dívida e por isso ele ficaria responsável por mostrar a propriedade. Já para a vítima interessada na venda, o suspeito se apresentava como advogado da outra parte.
Após o negócio ser fechado, a vítima (comprador) transferiu R$ 250 mil via pix, para quatro contas correntes diferentes. O golpe foi descoberto dias depois, no momento em que deveria ser feita a transferência da propriedade, porém o verdadeiro vendedor disse que ainda não havia recebido o dinheiro.
Com base nos elementos levantados durante as investigações, por meio de declarações das vítimas, oitivas de testemunhas e outras diligências complementares, foi possível identificar uma associação criminosa voltada para prática de crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. O delegado Pablo Carneiro representou pelos mandados judiciais.
“Entre os fatos apurados, foi identificada uma verdadeira associação criminosa voltada para fraudes eletrônicas, em que os investigados atuavam no crime como forma de trabalho habitual. Entre outras ações, os suspeitos ‘compravam’ contas bancárias de terceiros, oferecendo pequenos valores para que abrissem e emprestassem as contas para receber os valores oriundos dos golpes”, disse o delegado.
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