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Rompendo Fronteiras

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Como tem sido visto o processo de integração entre os povos e culturas numa perspectiva de respeito e consolidação de uma cultura de paz? Dependendo de quem e de onde se vê o que se apresenta pode ser considerado benéfico, positivo ou não.

Ao longo da nossa história, vários fatos ocorridos comprovam quão necessário se fez romper e criar paradigmas para evolução da própria humanidade.

Imaginemos: como seriam o mundo, as Américas, como os conhecemos hoje, se Cristovão Colombo, Vasco da Gama, Pero Vaz de Caminha, Antônio Vieira, não se despusessem ousassem a romper fronteiras, barreiras? O que seria do mundo, dos gentios se o Apóstolo Paulo não fosse tomado pela fé, coragem e obediência e não saísse em missões pregando o evangelho de Jesus cristo? Como seria o Brasil se os bandeirantes e Rondon não navegassem, andassem rios e terras adentro? O que seria se os artistas, missionários, presidentes das nações não se propusessem a conhecer, estabelecer relações, pactos, acordos mútuos? O que seria da nação brasileira se negr@s e indígenas não resistissem e criasse um novo modelo de convivência chamado quilombo? O que seria da economia mundial se a classe produtiva não expandisse e ficasse apenas nos mercados internos? O que seria se…

Simplesmente inimaginável no aspecto histórico, político, econômico, cultural, religioso, não é mesmo?

Esses Líderes, evidentemente, tiveram que romper barreiras, fronteiras físico-geográficas e humanas, mas, sobretudo e, inicialmente, no campo mental, intelectual, em se referindo à concepção, do modo de se colocar e existir no mundo.

Grandes Lideranças! Desbravadores, construtores de novos tempos e realidades que não se permitiram ficar presos, imobilizados pelo que os outros estariam pensando ou poderiam pensar das suas "loucuras". Estes… Homens de visão ampla.

Reportando há alguns anos, o reconhecimento do esforço empreendido na proposta de intercâmbio protagonizada pela Sec. Mun. de Educação com a Alemanha e mais recentemente com alguns países africanos de língua portuguesa, que culminou com o Programa Cuiabá Abraça a África e Acordo de Geminação com Cabo Verde.

O entrelaçamento com esses países exigiu conversações diretas nas embaixadas e com o Governo Federal através da Seppir e o Itamaraty, os quais nos brindaram com suas honrosas presenças em nossa capital. Sequer imaginávamos que esse esforço empreendido resultaria no Prêmio "Mama África", entregue, a época, as mãos do prefeito Wilson Santos, que o recebeu juntamente com o presidente dos Estados Unidos Barak Obama e o cantor e compositor Chico César em reconhecimento aos trabalhos desenvolvidos.

Em 2009, em visita oficial, Cuiabá recebe o cônsul e presidente de Praia/Cabo Verde para Workshop "Olhares Cruzados- Intercâmbio Cultural e de Negócios", realizado na e com apoio da FIEMT, bem como para diálogo com as instituições de ensino superior na Governança Integrada. Tudo isso resultou em compromissos que foram firmados, principalmente no campo da Educação. Fora instituído, inclusive, o Dia de Praia em Cuiabá e o Dia de Cuiabá em Praia. Esses gestores – homens de visão ampla.

Agora, 2011, o Eng. Fidel Carita Monroy, Alcaide de Tacna/Peru, realizou nos dias 26 e 27 de março o "Carnaval Internacional de Integração das Culturas", onde os países da América Latina se fizeram representar com suas danças tradicionais; nos dias 28 e 29 fora feito o lançamento da cartilha "Conhecendo Cuiabá – pontos e fatos históricos da nossa cidade na ótica da população negra e indígena" de minha autoria, fazendo parte das Comemorações do Centenário de Machu Picchu e do Bicentenário de Francisco Antonio de Zela, propulsor do grito de liberdade do Peru e América Latina.

Manifestasse aqui os mais profundos e sinceros agradecimentos ao Governo do Estado e seu staff, pelo respeito e por ter compreendido a natureza e a importância dessa participação pelo conteúdo que a obra encerra, contribuindo: para a aplicabilidade aqui da lei 10.639/03, divulgação da nossa cidade e promoção da integração de culturas; e pelo contexto que hoje se vive, onde Cuiabá, nos seus 292 anos, se prepara para sediar alguns jogos da Copa de 2014 que atrairá muitos povos e culturas para cá, o que aquecerá sem dúvidas nenhuma a indústria do turismo e outros setores e deixando um legado extraordinário, principalmente no campo da formação e do infraestrutural da cidade. Agradeço a Deus a rica oportunidade a mim concedida de representar o Governo do Estado nessa missão.

Governador Silval e secretários João Malheiros, Osmar de Carvalho, Nico Baracat, Rosa Neide, Teté Bezerra e diretores da Agecopa Yênes Magalhães e Roberto França, homens e mulheres de visão ampla. Interesses comuns, coletivos – amor a nossa terra, colocados acima de qualquer outro, inclusive dos pessoais e partidários. Em questão o mérito, o propósito no coração e da obra.

Reflita Cultura, em seu vasto sentido – é como pensamos, fazemos, intervimos no mundo; é como nos manifestamos na cotidianidade; importante tanto quanto qualquer outro setor ou atividade, pois se trata do nosso existir neste mundo. Mundo que não é fácil; é egoísta, frio, calculista e mal; e a cultura nos diz: "Não sois máquinas!". O mundo nos dita que é cada um por si e Deus por todos, que é dente por dente, olho por olho. A cultura nos agrega, nos ensina, nos humaniza.

A cultura, em suma, nos faz rever o passado, se estabelecer no presente e construir o futuro. Promover a integração dos povos e culturas, levar as boas novas não se trata, portanto, de ação secundária ou sem importância. É trabalho, é missão.

Felizmente Pedro Alvares Cabral, Paschoal Moreira Cabral e Daniel Berg e Gunnar Vingren não deram ouvidos a pensamentos contrários ou equivocados e romperam barreiras, fronteiras e chegaram por aqui.

O primeiro na constituição e reconhecimento formal desta terra, que completará neste próximo dia 22, quinhentos e onze anos; o segundo na fundação de Cuiabá em 1719 e que, portanto, a cidade completa 292 anos neste 08 de abril, e o terceiro na implantação da Assembleia de Deus no Brasil em 1911, que comemorará em 18/06 o seu Centenário.

Jacy Proença é professora, coordenadora do FIPIR Centro-Oeste e ex-vice-prefeita de Cuiabá

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