O delegado Bruno Palmiro da Polícia Civil confirmou, ao Só Notícias, que o monomotor Cessna 206 F, que havia sido roubado foi enviado de volta para o dono, em Teresina, no Piauí. A aeronave caiu no último domingo em Juara, entretanto piloto e copiloto fugiram. Ela precisou ser desmontada e está sendo transportada num caminhão. A aeronave ainda será avaliada e deve passar por uma reforma devido as avarias sofridas durante a queda.
De acordo com o delegado, foi confirmado que o monomotor pertence a um médico de Teresina. O avião teve seus sinais de identificação e pintura adulterados. Antes, tinha detalhes em branco e azul e após o roubo os criminosos trocaram a cor do prefixo para vermelho, com intuito de enganar as autoridades.
O roubo foi no dia 14, quando pelo menos seis criminosos fortemente armados invadiram o Clube de Ultraleve do Piauí, na estrada da Cacimba Velha, e roubaram o avião. A coordenação do aeroclube relatou que os criminosos portavam metralhadoras e renderam o vigia, a esposa grávida dele e três filhos do casal, informou o G1 Piauí.
A Polícia Civil segue em diligências para tentar localizar o piloto e copiloto que fugiram após a queda. No dia da queda, na região de Tapiaúna em Juara, três homens, de 33, 31 e 29 anos que estariam dando apoio foram detidos. Eles foram localizados nas proximidades de avião em uma Amarok. De acordo com a PM, o trio foi detido com cinco tambores de gasolina de avião de 60 litros, sendo quatro cheio e um pela metade.
Na carroceria do veículo, ainda encontraram quatro celulares e objetos pessoais dos suspeitos. Ao serem questionados sobre o combustível, mudaram a versão dizendo que era para máquinas e depois para usar em garimpo. Próximo da aeronave, a guarnição encontrou outro galão de combustível.
Ainda segundo o boletim, a todo momento o trio mudava a versão sobre o uso do combustível e o motivo de estarem naquele local. Em checagem, os policiais identificaram que aeronave possivelmente é de produto de roubo no Piauí.
As forças de segurança investigam se a aeronave estava sendo utilizado para o tráfico de entorpecentes por um cartel boliviano. Conforme o delegado, os pilotos tinham outra nacionalidade, podendo ser paraguaios ou bolivianos, segundo testemunhas.
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