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Agostinho Bizinoto: ícone da cultura mato-grossense

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Coisa de cinco meses escrevi um artigo respaldado num certo doutor Valfrido, ilustre advogado e uma das pessoas mais integras da cidade de minha infância. No desenrolar do artigo enfronhei-me no mundo político e suas conjecturas. E como, em se tratando de Brasil, o desempenho de nossa política não é das melhores, baseado nesse item, desfilei pelo campo da meritocracia onde coloquei no mesmo patamar, políticos do quilate de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aécio Neves e Beto Richa (PSDB). Creio ter acertado naquela minha ousada comparação de que os três foram – e são – administradores meritocráticos. Em 2011, segundo as urnas, esse será o quadro: depois de ter governado Minas por oito anos, Neves salta para o Senado. Richa, reeleito prefeito de Curitiba em 2008, chega ao Palácio Iguaçu e Lula, com 80% de aprovação, sairá aplaudidíssimo da presidência que ocupou por dois mandatos para entregar a faixa para a ex-guerrilheira Dilma Roussef.

Político e política, políticas e políticos. Tento a cada dia fugir desse tema. Porém, esse mundo de Aristóteles em que vivemos não me dá alternativa a não ser falar dela (política) ou sobre eles (políticos). Grandes articulistas como Diogo Mainardi, Carlos Chagas, Alexandre Garcia dentre outros, discorrem sobre os bastidores de Brasília; eu, sobre os bastidores aqui desse Mato Grosso – especificamente desse nortão e seu extremo – onde elegemos Silval Barbosa, Nilson Leitão, Ademir Brunetto, Romoaldo Junior, Nilson Santos e… Acreditamos neles.

Mas enquanto eles, com exceção a Silval e Brunetto, não assumem fixemo-nos em um outro assunto, razão desse artigo.
O Estado de Mato Grosso, em sua totalidade, já ouviu falar em Agostinho Bizinoto, um mineiro de Araporã radicado em Alta Floresta desde o ano de 1987 – lembro-me de quando ele chegou, no final da administração Edson Santos e logo assumiu a Assessoria de Comunicação e depois a Secretaria de Cultura no governo Eloi de Almeida e continuou no governo de Robson Silva, aliás, nesse período foi aclamado por pesquisas e destacado na mídia como o "melhor" secretário.

Ao lado da esposa Elisa Gomes, também atriz (digo também atriz, porque Agostinho é também ator – de teatro e cinema), diretor teatral, autor de inúmeras peças teatrais – premiadas, inclusive -, além de escritor e respeitadíssimo no Brasil e quiçá em outros países, porque o nome e a obra de Agostinho Bizinoto estão além divisas.
Por que estou falando (escrevendo) sobre Agostinho Bizinoto? Talvez porque estivesse devendo isso, não a ele, mas, a mim mesmo. O nome Agostinho Bizinotto é, e para sempre será, lápide cravada na história quando se diz respeito à cultura desse nosso Estado para o qual Bizinoto quis emprestar seu aprendizado mineiro e ampliar a cultura mato-grossense em seus diferentes segmentos, como na música, na literatura e no teatro, com ênfase a esse último que, através do Teatro Experimental de Alta Floresta (TEAF), por ele idealizado, e perpetuado por seus inúmeros discípulos, ganhou e ultrapassou fronteiras.

Impossível falar de qualquer segmento cultural de Alta Floresta sem citar o nome desse ícone chamado Agostinho Bizinoto que aprendi a respeitar por ser ele quem ele é e o que ele representa para a nossa história cultural no apego ao seu (nosso) ideal de desenvolvimento, em todos os aspectos, porque através da cultura, do conhecimento, galgamos objetivos e saltamos obstáculos. Parabéns Agostinho e, desculpe-me, não saber homenageá-lo à altura. Axé meu guru.

Carlos Alberto de Lima é jornalista em Alta Floresta
[email protected]

 

 

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