quinta-feira, 19/setembro/2024
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Consciência Ambiental

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Falar de consciência ambiental não é novidade nenhuma, nem um tema recém abordado. Não só pelos impactos que o mundo vem assistindo e vivenciando, mas da forma que começou a fazer parte da vida e do cotidiano da sociedade moderna e que de certa forma vem causando mobilização de todas as classes e entidades e principalmente pelo perigoso destino que vem apontando. Mesmo assim, esse é um assunto que continua aumentando e cada vez se torna mais importante a sua discussão.

É muito comum se ver educadores, serem procurados por empresas e escolas, para formularem, orientarem ou desenvolverem programas de Educação Ambiental a partir de várias temáticas. Essas temáticas nada mais são do que trabalhos relacionados com lixo, recursos hídricos, agrotóxicos, licenciamento ambiental, desmatamento, queimadas, reforma agrária, irrigação, manejo florestal, captura e tráfico de animais silvestres, espécies ameaçadas de extinção, ordenamento da pesca, ecoturismo, unidades de conservação e tantos outros temas que, em muitos casos estão, também associados com questões étnicas, religiosas, políticas, geracionais, de exclusão social entre outros.

A situação, apesar de estar na iminência de um desastre, é muito mais simples do que aparenta: temos de nos mobilizar para encontrar soluções emergenciais, ou nada haverá a ser feito, apenas nos restará o lamento e arcar com as consequências do descuido que pessoas sem informação tiveram no passado e tem atualmente com nosso planeta. Diversas áreas de estudo, tais como ciências da terra, exatas, humanas e biológicas, desde meados dos anos 70 e 80 vem adquirindo conhecimento, consciência e força, alertando desde aqueles tempos a necessidade de se preservar e as possíveis situações que chegariam a ocorrer com o ar atmosférico e água que usamos em nosso abastecimento. Hoje, em pleno 2010, apesar da corrida eleitoral, copa do mundo em 2014, PAC e outros eventos, devemos ter o bom senso de admitir que a partir de agora, tudo dependerá de nós.

A questão que devemos nos fazer então é: "Como devemos agir?". Em algum momento já ressoou nas mentes de todos a questão relacionada ao futuro dos recursos naturais, agora ganhou voz e está cada vez mais na boca de todas as classes. O mundo todo tem trabalhado com iniciativas conservacionistas, sustentáveis, ecológicas e recicláveis, sistemas agroecológicos e o voluntariado que vem se espalhando e ganhando cada vez mais respeito e espaço. É um sinal de que alguém está preocupado e agindo, procurando fazer parte das soluções, partindo para ação sem esperar que outros o chamem. Essa é uma das atitudes que todos poderíamos tomar.

Mesmo que, se pudéssemos contabilizar todos os esforços, junto com a nossa participação, participação essa que ainda permanece efêmera, devido à falta de continuidade de entidades responsáveis pela consciência que muitas vezes iniciam uma atividade conservacionista e de preservação, mas abandona com o tempo, a nossa ajuda para manter o planeta habitável continua pequena e dependente de muita política. Não há nada de estranho ou errado nisso. É apenas um aviso de que devemos continuar trabalhando, caminhando rumo ao desenvolvimento e progresso em paralelo com todos os avanços tecnológicos. Olhar sempre para o futuro e buscar avançar na direção de um desenvolvimento que condiz com a realidade em que estamos enfrentando. Precisamos agora, ensinar para todas as crianças, jovens e muitos adultos a viver com o dilema de lidar conscientemente com os recursos naturais que ainda temos, de forma que esses também não se esgotem. É inadmissível deixar de lado o debate sobre o que faremos com os eletrodomésticos estragados ou mesmo com tecnologia ultrapassada, lixos, sucatas, dejetos e o mais importante, a devastação e poluição ambiental. Não é possível esquecer de que tudo deve ser aproveitado, reciclado, transformado, reorganizado em direção à vida, na contramão do desperdício e da falta de responsabilidade com os recursos naturais do planeta.

O que nos falta é colocar a "mão na massa" e trabalharmos com base nas pesquisas e em relatos, afinal de contas, nós, os consumidores brasileiros já não somos os mesmos de alguns anos atrás. Somos agora uma geração mais consciente, mais informada e comprometida com a vida, e também mais ciente da responsabilidade de cada um de nós no processo de participação na construção de novas idéias e preservação. Devemos colocar em prática o que a Lei da Conservação das Massas que foi publicada pela primeira vez em 1785, pelo francês Antoine Lavoisier o que hoje se chama Lei de Lavoisier que prega que: "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

Segundo pesquisas realizadas em sites de preservação ambiental e por institutos ambientais, os resultados apontam que o perfil do brasileiro atual é de um cidadão mais disposto a se colocar mais do lado das empresas que defendem o meio ambiente e consumir produtos que sejam inofensivos ao meio ambiente.

Quanto mais divulgamos a necessidade de preservar e a medida que a falta de informação vai sendo deixada de lado e perdendo força, a informação vai se espalhando de forma rápida e atraindo novos colaboradores para este movimento que é coletivo de conscientização ambiental. Alguns sites apontam que a pergunta sobre o que é indispensável para uma empresa ser vista como uma organização que respeita o consumidor, a responsabilidade social recebe destaque, sendo até mais valorizada que o item preço. Portanto, estamos deixando de ver o lado egocêntrico e material das coisas e estamos começando a pensar no futuro que estamos preparando para os nossos descendentes.

Quando a questão é sobre as mudanças climáticas presenciadas em todos os países emergentes e em desenvolvimento, o resultado aponta que os brasileiros estão mais comprometidos, otimistas, e até mais preocupados, que a média global. O Brasil apresenta elevados índices de consciência ambiental, quando comparados com países desenvolvidos, com grandes tecnologias colocadas a prova, os resultados indicam que nós, brasileiros superamos os países tidos como mais desenvolvidos, a exemplo da França, Estados Unidos e Alemanha.

Outro tema muito recorrente e comumente tratado é o aquecimento global. As pesquisas mais uma vez mostram que os brasileiros também demonstram muita preocupação com o assunto. Então a prioridade para o país é crescer economicamente de forma que possamos cuidar do ambiente. Devemos então propagar a informação, agir de forma responsável e sustentável ecologicamente falando e optando por produtos e serviços que demonstram comprometimento com o meio ambiente e a qualidade de vida da sociedade como um todo. Uma realidade que promete melhorar cada vez mais, conforme o despertar de toda a população para a importância do verde em nossas vidas.

* Caio Batista Muller é Engenheiro Agrônomo, Mestre em agricultura Tropical e Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócios da Faculdade de Sorriso (FAIS).

 

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