44Os senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL) não confirmaram apoio para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os atos de vandalismo no Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto e Congresso, este mês. Jayme se manifestou contrário a ideia de Soraya Thronicke (União-MS), que é integrante do seu partido. Jayme avaliou que os crimes já estão sendo investigados pelos órgãos competentes. “Não seria razoável apresentar uma CPI se os órgãos de Segurança e a Justiça já estão apurando se houve vandalismo ou terrorismo. Eu particularmente não assinei e nem vou assinar. Sou contra, até porque eu acho que todas as providências já foram tomadas. Nós não podemos usar desse caso para construir palanque político”, disse para a Gazeta Digital
Wellington, filiado ao partido de Bolsonaro, avalia que “a CPI só vai funcionar com o novo mandato. Só os novos senadores ou Congresso Nacional de fato apoiar”, iniciou. Ao ser questionado se poderia assinar a CPI, Fagundes desconversou. “Vamos analisar, eu não posso falar nada agora”.
A senadora Margareth Buzetti (PSD) -que exerce mandato com a licença de Carlos Fávaro, ministro da Agricultura apoia a CPI, que para ser aberta, precisa ter 27 assinaturas. A senadora já conseguiu 47 assinaturas. Mas não se pôde abrir uma comissão parlamentar de inquérito em uma legislatura e fechar em outra. Portanto, a CPI do 8 de Janeiro será aberta só em fevereiro.
Só serão validadas as assinaturas de senadores que tiverem mandato a partir de do dia 1º do próximo mês. Thronicke afirma ter 33 nesse cenário.
Lula afirmou, recentemente, a Globo News, ter “instrumentos para fiscalizar o que aconteceu” no 8 de Janeiro por outras vias que não uma CPI. O chefe do Executivo disse que a instalação de uma comissão no Congresso “pode não ajudar” e “criar uma confusão tremenda”.
O ministro Alexandre Moraes manteve, esta semana, mais de 920 pessoas presas, em Brasília, por envolvimento nos atos de vandalismo que danificaram o patrimônio público.