O general mato-grossense Júlio César de Arruda foi demitido, hoje, pelo presidente Lula, do comando do Exército. Ele ficou no cargo por 20 dias. Oficialmente, não foram expostos os motivos da exoneração. Ontem, Arruda, os comandantes da Marinha, Aeronáutica e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tiveram a primeira reunião com o presidente.
O atual comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, foi anunciado como novo comandante do Exército.
O jornalista Laudo Jardim, de O Globo, informa que Lula determinou a imediata remoção do tenente-coronel Mauro Cid (que era homem de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto) do comando de um dos batalhões do Exército em Goiânia, um posto que assumiu no dia 1º de janeiro e que Arruda também não aceitaria se fosse expedida ordem de prisão contra Cid, investigado pelo ministro Alexandre de Moraes, em inquérito no STF.
O Antagonista informa que, semana passada, Lula afirmou que integrantes das Forças Armadas facilitaram a entrada dos militantes radicais no Palácio do Planalto. A fala gerou incômodo entre os militares e houve a necessidade de intervenção por parte do ministro da Defesa.
Arruda, que nasceu em Cuiabá, foi chefe do Departamento de Engenharia e Construção, em Brasília e é general desde março de 2019. Ao assumir o comando do Exército, ele ressaltou o trabalho de todos os integrantes da Força “unidos e trabalhando juntos com muita satisfação, eu acredito que vamos manter o Exército coeso e com a credibilidade que ele sempre teve. Essa é a minha intenção para este comando. Estou muito feliz e honrado em assumir o comando do Exército”.
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