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Jurupari: diretores de presídio, corte de cabelos e mestre na advocacia. Coisas que não combinam

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Desde aquela Copa do Mundo em que ronaldo fenômeno apareceu com a cabeça raspada e um topete esquisito. Nunca o ato de raspar a cabeça esteve tão em alta aqui em Sinop. Presos da mais recente operação da polícia federal denominada juripari, ficaram no presídio ferrugem em sinop por algum tempo e tiveram as cabeças raspadas, além disso, foram obrigados a usaram uniformes iguais aos dos outros presos. O diretor do presído foi exonerado logo em seguida e disse na imprensa que cumpria o regulamento.

Parte da sociedade organizada repudiou o ato, considerando que ele era desnecessário. Diretor de Presídio no Brasil não é como Diretor de Presído de filme americano… Aquele cara fortão, de uniforme cor de caramelo, vóz grossa e imponente, que termina o experidente e vai para casa, numa boa. Como a copa do mundo chegou novamente, atrevo-me a comparar os diretores de presído do Brasil com jogadores de meio campo, no futebol. Nossos diretores de cadeias estão entre o ataque e a defesa.

O ataque, na forma de presos, que mandam avisar: queremos que todos os reeducandos fiquem em condições iguais, ou então… Tome rebelião no presído super lotado. Entenda-se por igualdade: ventiladores, televisores, comida e… Cabelos cortados prá todo mundo. Ahhh e uniforme, também. É tudo ou nada. O nosso meio campo, o diretor á moda brasileira, fica pressionado pela turma da tranca. A turma da defesa, representada pelo sistema prisional e o Estado, tem a sociedade organizada que entende que os novos presos não são comuns e que portanto, não seria necessário cortar os cabelos deles.

Na dúvida, se isso tá certo ou errado, uma atitude "brilhante" a exoneração do diretor e a existencia de um advogado se intitulando mestre sem ter deixado seu escritório para lutar pela defesa de seus clientes, como se os outros profissionais não existissem. É o caminho mais fácil. O Brasil ainda é o país dos caminhos curtos, das facilidades e do jeitinho das tentativas de enganação. Agora o jeitinho veio de cima para baixo, deu-se um jeito de atender ao clamor de quem não concordava com as cabeças raspadas.

Depois de todo esse barulho, os cabelos dos ex-presos não voltaram para suas cabeças. Ninguém pediu desculpas à eles pelas prisões equivocadas ou precipitadas. Em vez disso, foi oferecida a cabeça do nosso meio campo, como um remédio, um troféu, um jeitinho de dizer… Reparar nosso erro." Cortar cabeças e dizer que foi o responsável pela soltura de todas as pessoas envolvidas desprezando os outros advogados, é ato antigo é ato repudiável e, ultrapassado, da mesma forma como cortar cabelos de forma deliberada.

Não posso defender a todos pois existem alguns culpados dentro de todo o processo, mas as pessoas sérias que foram atingidas na operação precisam ver recuperado das agressões sofridas, e o governo verdadeiro culpado, mesmo tendo o rabo preso, tem que aprender a respeitar aqueles que construiram e ajudam a construir o estado de mato grosso.

Viva a Democracia.

Cláudio Alves Pereira é advogado em Sinop

 

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