A secretaria estadual de Meio Ambiente captou imagens da presença de tatus-canastra durante o projeto de Monitoramento da Fauna Silvestre da Estrada Transpantaneira. Os vídeos foram coletados, ontem, na última visita da equipe em campo, e mostram dois animais adultos juntos, passando em frente a uma das 15 câmeras trap instaladas no Pantanal mato-grossense.
Também conhecido como tatu gigante, o tatu-canastra pode chegar a 1,5 metros de comprimento e 60 quilos. Ele está na lista das espécies ameaçadas de extinção no Brasil.
De acordo com o analista de meio ambiente da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Marcos Roberto Ferramosca Cardoso, o que chamou a atenção foi identificar dois tatus-canastra juntos, transitando durante o dia, já que o animal tem hábitos noturnos. A presença deste animal na região é importante porque mostra não apenas a incidência da espécie, mas aponta que o bioma oferece condições de sobrevivência para os animais.
“Neste momento estamos avistando vários tatus-canastra, que apareceram em seis câmeras instaladas em locais diferentes. O tatu-canastra é uma espécie bastante sensível a atividades antrópicas, e a presença é sinal de que o ambiente está bem preservado”, detalhou.
Ele destaca que é provável que a aparição diurna dos animais se dê por conta da cheia. Eles vão para as partes mais altas do Pantanal que não estão alagadas, nos aterros, capões e cordilheiras. Escava e se abriga em tocas profundas no solo. É um animal presente principalmente no Cerrado, mas pode ser encontrado em outros biomas como, neste caso, o Pantanal mato-grossense.
A estrada Parque Transpantaneira é uma Unidade de Conservação que atravessa o Pantanal até a região de Porto Jofre (a 241 km de Cuiabá). A Unidade é de uso sustentável e tem cerca de 8,6 mil hectares. Neste corredor biodiversidade são avistados com facilidade animais típicos da fauna silvestre local como tuiuiús, jacarés, cervos-do-pantanal, entre outros.
Inscreva-se no canal e Só Notícias no YouTube clicando aqui