sexta-feira, 20/setembro/2024
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Ano Novo, problemas velhos

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É normal que todas as pessoas desejem felicidades ao aproximar o natal. É normal que se confraternizem na passagem do ano velho para o novo. Esse fato, em muitos casos se dá, principalmente porque elas conseguiram sobreviver aos percalços do dia-a-dia, as dificuldades corriqueiras, os obstáculos imprevistos diante das conquistas de suas metas, de seus projetos e por aí afora. A festa de fim de ano é para ser celebrada a contento e com muita alegria. Ela deve ser uma euforia singular capaz de sobrepor a angustia do não-realizado ontem em detrimento do amanhã.
Novos planos são confeccionados e imaginados com a mesma pretensão de anos anteriores. Se vão conseguir realizá-las ou não, os ossos do ofício dirão.

    É salutar e oportuno ressaltar que nem todos os sonhos idealizados pela sociedade dependem apenas de suas ações, de seu trabalho, de sua perseverança. É preciso, antes de mais nada, que o povo tenha atitude, seja determinado, exija  explicação dos fatos incorretos e injustos que ocorrem ano após ano, e nada é feito para mudar. Não querendo por pimenta no prato de cristo, mas ao mesmo tempo desejando que qualquer semelhança não seja apenas coincidência, cito um caso bem ressente: Os Panetones do Arruda ainda não deram congestão e nem dor de barriga em ninguém, tampouco causou frieira nos seus pés daqueles que empanturraram suas meias de dinheiro, em função dos micróbios pertinentes a eles. Onde estão esses abutres hoje? Com certeza passaram um natal muito melhor do muita gente honesta, trabalhadora.  Cadeia? Bem, isso é destinado ao filho da outra. E para não falar somente da roubalheira dos cafajestes, até o momento e isso se arrasta anos a fio, ainda não apareceu um político que se preocupasse com as enchentes nas regiões de risco em todo o Brasil. A conseqüência é o desgaste das famílias que perderam seus entes queridos: mudam-se as estações, mas tudo continua e vai continuar como está. Ninguém é, ou será  responsabilizado e a sociedade que se f. 

    Retornando ao que interessa, uma verdadeira tomada de atitude começa pela escolha dos governantes. Identificar quem é quem no baralho da vida é fundamental. Em segundo lugar, fiscalizar os eleitos, não no sentido de deixá-los sem fôlego, atrapalhando seus métodos administrativos, mas de cobrar o mínimo necessário para que se possa ter uma vida mais promissora, que permita, pelo menos, iniciar a execução de um projeto idealizado. Que os governantes – governo implica os três poderes – se preocupem em elaborar políticas públicas que possibilitem ou priorizem as oportunidades de emprego, de cidadania, de respeito aos costumes e direitos pertinentes à população. As ONGs, a OAB, a imprensa em geral, presidentes de bairros, enfim, toda a sociedade deve se unir para que justiça seja a palavra de ordem em todos os segmentos dos poderes constituídos.

    Feito isso – não que seja receita de bolo – é possível que, no final de 2010, a sociedade tenha conseguido, por meio de suas próprias forças, dizer, com o diafragma aberto e cheio de razão: Feliz Natal, Feliz Ano Novo.

Gilson Nunes é jornalista

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