sábado, 21/setembro/2024
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O presidente de memória curta e o fantoche do interior

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O presente relato se faz necessário em razão das últimas declarações que o atual presidente da Seccional fez na cidade de Tangará da Serra, no mês de outubro passado, onde afirmou que a Subseção e seu presidente não se esforçaram para a construção da sede naquela localidade, nem mesmo requereram verba para tanto, fazendo crer que ele sempre esteve à disposição para auxiliar, fato este que não é verdade.
 
Segue então a pura realidade dos fatos, que são devidamente comprovados através de documentos e protocolos de requerimentos, que desde agora estão à disposição.
 
Portanto, colegas advogados, neste texto será relatado, em síntese, todo o ocorrido na 10ª Subseção da OAB/MT, região de Tangará da Serra, nos últimos três anos, no que diz respeito à construção da sede e ao relacionamento com a Seccional – Gestão 2007/2009.
 
Convém iniciar informando que no último movimento eleitoral, em novembro de 2006, em Tangará, disputamos a eleição em chapa única, que teve sua aprovação com 97% dos votos válidos.
 
À frente desta chapa vencedora, a atual diretoria da 10ª Subseção/Tangará, encabeçada pelo seu presidente, James Ávila, apoiou a reeleição do atual presidente da Seccional Mato Grosso, que, como todos sabem, esteve à frente da Ordem estadual por duas vezes e é candidato ao Conselho Federal e principal cabo eleitoral do candidato da situação, ou seja, estão no mesmo barco, mas quem está remando e controlando o leme, é o atual presidente da OAB/MT.
 
A partir deste momento, merecidamente, denominaremos o atual presidente da Seccional Mato Grosso, como o presidente de Memória Curta, pois parece que se esqueceu dos compromissos que fez, das suas promessas e das mãos que apertou há pouco tempo.
 
Ressalto que foi a primeira vez que apoiamos o atual presidente, pois, naquela época, em várias reuniões que realizamos, ouvimos sempre a promessa de que era certa a verba para a construção da sede da subseção de Tangará e região e que este recurso seria destinado pela própria Seccional, não dependendo de mais ninguém.
 
– “É garantido”! Dizia o presidente de Memória Curta.
 
Colegas, a construção da sede da Subseção sempre foi, é e continuará sendo, o maior sonho de todos os advogados da região de Tangará, e as promessas do presidente de Memória Curta foram, naquele momento, capazes de nos convencer e de fazer acreditar que o sonho se realizaria.
 
Desta forma, após a nossa vitória e a do presidente de Memória Curta, os advogados de Tangará e região, juntamente com a atual diretoria, começaram a trabalhar para obter a doação de um terreno capaz de suportar o projeto da nossa sede.
 
Tivemos enormes entraves em razão de procedimento de doações anteriores, contudo, depois de aproximadamente 18 meses, sem qualquer tipo de auxílio da Seccional, conseguimos aprovar, na Câmara de Vereadores de Tangará, o projeto de lei de doação, enviado pela Prefeitura Municipal, em razão do nosso pedido.
 
Deve-se ressaltar que o projeto de lei determinava prazo para o início da obra e isso sempre foi uma preocupação.
 
Dessa forma, fomos beneficiados com a doação de um terreno de 2.700 metros quadrados, localizado na principal avenida de Tangará, em local nobre, configurando a maior doação de área pública urbana já efetuada naquela Comarca, em favor de uma instituição de classe.
 
O sonho começava a se realizar.
 
Com a doação em mãos, finalizamos o projeto arquitetônico, elétrico, hidráulico, de prevenção de incêndios etc, pagamos todas as taxas e impostos, e obtivemos o alvará para a construção. Frisa-se: todos os recursos para pagamentos destas taxas e impostos derivaram da própria Subseção, sem auxilio da Seccional.
 
De posse de tudo isto, procuramos o presidente de Memória Curta, aquele que ajudamos a se reeleger, e pedimos a verba prometida. Protocolamos o requerimento na sede da OAB/MT, na data de 27 de fevereiro de 2009, às 17:52 horas, protocolo no. 32726/09.
 
Para nossa surpresa, o presidente de Memória Curta, sem qualquer explicação plausível, respondeu que não iria repassar a verba para Tangará naquele momento.
 
Fomos claros e indicamos a ele que tínhamos prazo para iniciar a obra, sob pena de perda do terreno doado, mesmo assim ele pediu prazo para uma resposta.
 
Em outra oportunidade, requeremos novamente a verba prometida e dessa vez, o presidente de Memória Curta respondeu friamente que não iria repassar a verba e que não devíamos contar com isso.
 
Para não perder o terreno doado, o presidente da Subseção/Tangará, não teve outra alternativa senão aportar do próprio bolso os recursos para o início da obra.
 
O posicionamento do presidente de Memória Curta, de virar as costas para os advogados da 10ª Subseção, doeu como uma facada nas costas, pois há menos de 3 anos atrás estávamos nós pedindo voto para ele, vestindo sua camisa e acreditando na interesseira lábia política que somente surge nos momentos eleitoreiros.
 
Caiu a ficha, foi neste momento que surgiu o outro personagem da história, o Fantoche do Interior, que nada mais é que o presidente da Subseção do interior do Estado, que somente é lembrado e utilizado nos momentos eleitorais.
 
Soube-se, mais tarde, que nos cômodos internos da Seccional, se prolatava sorridente que jamais seria destinada verba para Tangará, porque o presidente de lá não apoia o presidente de Memória Curta.
 
A velha e ruim política do toma lá da cá.
 
Ora colegas, a verba para a construção da sede não era para o presidente da Subseção, que na eleição anterior havia, bestamente, apoiado o presidente de Memória Curta, e sim, para todos os advogados daquela localidade, para os estudantes, enfim, para toda a sociedade, pois foi esta sociedade, através da gestão pública, quem doou o terreno.
 
Foi desta forma, dura, que constatamos que a bandeira da liberdade democrática levantada pelo presidente de Memória Curta, é apenas um slogan simpático, pois para ele quem importa são seus parceiros/próximos, grupinho intocável! E como para ele, fantoches somente são utilizados nos momentos de conveniência, a construção da sede da Subseção de Tangará, naquele momento, foi descartada.
 
O presidente de Memória Curta bateu a linda porta de vidro azul da Casa das Liberdades Democráticas na cara de todos os membros da Subseção de Tangará da Serra.
 
Contudo colegas, deve servir o presente relato como aviso, pois saibam que o presidente de Memória Curta é corajoso e certamente, quando você menos esperar, ele dará um tapinha em suas costas e com a falsa bandeira da liberdade democrática na outra mão, pedirá outro votinho, e você ouvirá a seguinte frase “vota, vota pela valorização do advogado, que desta vez eu te ajudo”.
 
Este é um aviso a todos que ainda não sabem, mas que certamente, se não lutarem por uma OAB independente, livre de interesses individuais e mesquinhos, acabarão se transformando, também, em fantoches do interior.
 
James Leonardo Parente de Ávila é advogado em Mato Grosso.

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