Se votamos para vereadores que são nossos amigos (íntimos), tão logo colocam seus afortunados traseiros nas poltronas das maracutaias, nos esquecem. Se votamos para prefeito, vemos logo em seguida suas promessas de campanha cairem no esquecimento. Quando elegemos o governador, ficamos sabendo rapidamente que o oportunista comprou a fazenda de fulano, de cicrano, e de beltrano.
Para deputado federal, colocamos somente bagres ensaboados, que plantam seus pés no tão famoso cenário, que mais se parecem com marionetes fazendo o povo assistir a tantas trapalhadas. Depois, somos obrigados a assistir meio assim, estarrecidos, a pouca vergonha de um Senado Federal, se putrefando diante das câmeras de tvs.
Homens que num passado não muito distante se gladiavam por um poder no Palácio do Planalto, hoje se abraçando e como se fossem onças encurraladas em uma toca se defendendo de acusações que todo mundo sabe que foram reais.
Dois ex-presidentes da República, que deveriam estar aposentados sem direitos de asumirem cargos na vida pública brigam com a oposição nuns palavreados que somente deveriam sair da boca daquele que já dizia a muito tempo: "ter aquilo roxo". Roxo deve ficar o povo, de tanta raiva, de corruptos que não sabe mais a quem recorrer.
Será que vamos ter que pedir socorro a Hugo Chaves? O nosso não sabe de nada, e nunca viu o Sarney Collor de Mercadante junto com o Paulo Malan Maluf, nos paraísos fiscais. Se aconteceram atos secretos, "a culpa é da mídia". Se deram emprego para o namorado da netinha, a culpa é da mídia; se quebraram o sigilo da conta do caseiro, a culpa é da mídia. Eta midia fofoqueira!
Até onde o povo vai ter que assistir televisão e ver sempre as mesmas caras lavadas, ou melhor, deslavadas desses "santos homens da lei" lamentando sobre as calúnias que os "meliantes da mídia" lançam todos os mdias nos jornais?
Tiago de Lima é contabilista e produtor rural em Matupá.