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Meio Ambiente é coisa séria

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A questão ambiental é muito importante para ser conduzida somente pelos ambientalistas. Os ambientalistas brasileiros principalmente tem uma visão monocular e monocromática do meio ambiente e só enxergam a questão ambiental pelo não desmatamento florestal. Não me lembro de ler, nem de assistir, nenhuma ação contundente destes “renomados” ambientalistas nacionais sobre a questão das favelas, do esgoto a céu aberto, da invasão de encostas, do lixo, etc. Para eles, estes problemas são sociais e de saúde pública e não agressões ambientais.

O meio ambiente é para servir e dar qualidade de vida ao homem e o homem tendo que ter a consciência de que o meio ambiente precisa ter sustentabilidade. Mas, sustentabilidade não é proibir o uso do meio ambiente, sustentabilidade não é impedir o desenvolvimento e exploração dos ativos ambientais. As florestas, por exemplo, são ativos econômicos e precisam ser explorados com sustentabilidade. Por outro lado, não se inventou ainda uma maneira economicamente viável em larga escala, para se desenvolver a atividade agropecuária, sem a substituição da camada vegetal original por lavouras ou pastagens.

É obvio que não se devem permitir degradações estúpidas, que acabarão se voltando contra o homem, como queimadas, emissões industriais sem filtragem correta, desmate de matas ciliares, falta de curvas de nível em lavouras ou pastagens que a não serem feitas provocam erosão e assoreamento, jogar lixo nos córregos, invasões de encostas, falta de saneamento básico nas cidades, etc.

Somente o lixo jogado pela própria população de Cuiabá e Várzea Grande nas ruas e que acabam chegando ao rio Cuiabá, causam mais estrago ao meio ambiente do pantanal matogrossense do que tudo o que já foi feito até hoje nas fazendas da região pantaneira. Mas isto não desperta o interesse destes ambientalistas nacionais “renomados”. Brigar pela despoluição da baía da Guanabara ou a despoluição do Tietê é menos importante do que a preservação florestal? E os efluentes industriais no entorno da baia da Guanabara, não mereceriam uma ação forte do IBAMA?

O meio ambiente é de todos nós e não só dos ambientalistas. Temos que explorar as riquezas naturais com técnica e sustentabilidade, mas temos também, que criar unidades de preservações por todos os lados para mantermos bancos genéticos de biomas intactos. Temos que gerar riquezas e desenvolvimento, mas temos que combater as queimadas florestais. Temos que acabar com favelas, esgotos a céu aberto, parar de jogar lixo nas ruas, de contaminar nossos rios com efluentes industriais e a atmosfera com gases tóxicos. Temos que parar de desmatar as margens dos rios, mas temos que plantar lavouras e pastagens para alimentarmos o mundo. Temos que gerar emprego e renda para darmos condições dignas de vida para os brasileiros e o nosso meio ambiente é um ativo fabuloso, que ao ser explorado corretamente, é capaz de gerar um enorme desenvolvimento para o Brasil.

A questão ambiental não pode ser tratada com paixões ambientais nem ao menos políticas. Ela tem que ser tratada estrategicamente, tecnicamente, economicamente, cientificamente, sociologicamente, ambientalmente e politicamente. Mas sem que nenhuma destas visões se sobreporem às outras acima relacionadas.
Preservar não é proibir por proibir, preservar é explorar com competência e sustentabilidade. De que nos adianta brigar por uma árvore, não que elas não sejam importantes, mas tendo milhares de pessoas morrendo de fome pelo mundo ou olhando somente o Brasil, tendo milhares de brasileiros precisando melhorar sua condição de renda e moradia, tendo este imenso País à ser explorado, para proporcionar desenvolvimento sustentável ao Brasil e aos brasileiros. 

Marcos May é empresário em Sinop

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