A cautela foi a palavra que marcou a 3ª sessão ordinária da câmara municipal de Sinop-MT. Aliás, todos estavam tentando fugir do ordinarismo. O grande problema é que vereadores estão muito preocupados com a imagem da casa e esquecem que o grande expediente é para embate de idéias, e da defesa de posições e interesses que sejam em favor da maioria da população.
Fiquei surpreso com a diminuição do grande expediente de 15 para 10 minutos. Mais ainda, com a desistência do uso do grande expediênte, por parte de alguns vereadores, para expressar a vontade, a defesa, a discussão dos problemas que existem e devem ser abordados e solucionados; se não, ao menos fiscalizados.
É bom lembrar que é melhor discutir projetos de Lei que não são prioritários como por exemplo – o da obrigatoriedade de acondicionamento ou embalagem, o empacotamento ou a colocação de sacolas dos produtos adquiridos em supermercados – do que a fuga do confronto em nome da polidez.
Afinal de contas, os vereadores só tem uma vez por semana para discutir os problemas da população, que são muitos. Se abrirem mão; inclusive, de mostrar para a imprensa presente que estão fiscalizando, fica difícil recuperar o prestígio da casa de leis.
O grande expediente não deve servir para transformar a câmara em circo, nem de bancada para aplausos (mesmo que merecidos como os que foram direcionados ao professor da casa), ou vaias. Nem tampouco para exaltação do nome daqueles que os apadrinharam para chegar ao posto de vereador.
O grande expediente, deveria ser de uso obrigatório para os vereadores, deve sim, ser aproveitado e não descartado, caso contrário pode acabar auxiliando os que se alimentam da coisa pública para defender interesses pessoais e não os verdadeiros interesses da população.
Magnos Lanes Bauken de Oliveira, contabilista.