Estamos próximos da definição das regras do campeonato mato-grossense, que começa em janeiro. A fórmula não se sabe ainda, mas já se sabe que será um campeonato deficitário e pouco atrativo. Embora 2008 tenha sido um bom ano, com a subida de Mixto e Luverdense para a Série C do campeonato brasileiro – um representante do interior e outro da capital – ainda estamos longe de sermos um Estado no qual tenhamos orgulho em vestir a camisa dos clubes locais.
A prova é quando acompanhamos jogos de clubes de nossa cidade, as camisas são de clubes do Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul, na grande maioria.
E a falta de representatividade não é culpa apenas da ineficiência em fazermos o marketing dos clubes. É pela maneira que insistimos em fazer futebol.
Os anos passam e os erros continuam sendo os mesmos. A região norte, detentora de cinco títulos estaduais – dois com Sorriso e três com Sinop – não consegue sequer formar bons times. São dois clubes que passam pelo problema crônico de depender de auxílio político, envergonhando os poucos torcedores.
Clube que para entrar em campeonato depende de apoio direto da administração pública, pode pendurar as chuteiras. Hoje, isso representa o carimbo do amadorismo.
A maneira correta de ajudar clubes de futebol, das cidades que estão representando, limita-se; no máximo ao auxílio com transporte (a Secretaria de Esportes pode ceder o ônibus do município para transportar jogadores), e a obrigação de manter o estádio municipal em perfeitas condições para que os jogos possam ser realizados.
Fora isso a preocupação deve ser com as categorias amadoras que precisam de investimentos. A primeira partida oficial de futebol em Mato Grosso, foi em 15 de novembro de 1913, noventa e cinco anos depois quem se diz dirigente de clube, ainda não aprendeu fazer futebol.
Magnos Lanes Bauken de Oliveira, contabilista, em Sinop.